Estados Unidos e República Dominicana jogavam partida de exibição, uma prévia para a Olimpíada. Mero jogo para os Estados Unidos darem show e mostrarem todo o talento do time que vai a Londres. Tudo ia muito bem até a lesão no jovem Blake Griffin. De joelho machucado, Griffin saiu do jogo, foi levado imediatamente de volta para Los Angeles e horas mais tarde descobriu-se que o ala não poderia mais conquistar a medalha de ouro. Uma lesão no menisco o tira das quadras pelas próximas 8 semanas.
A lesão de Griffin desperta, novamente, uma antiga conversa. Jogadores da NBA deveriam participar dos Jogos Olímpicos? Desde 1992, quando foi permitida a ida de jogadores da liga profissional americana para a disputa das Olimpíadas, os EUA montam esquadrões para vencer e provar ao mundo que possuem a melhor equipe de basquete.
Em 1992 surge o Dream Team com Michael Jordan, Larry Bird, Magic Johnson, Charles Barkley, John Stockthon, Karl Malone, Charles Barkley e outras estrelas. O time de 1992, considerado o maior de todos os tempos, serviu para estabelecer um padrão altíssimo de jogo e depois daí todo time americano teria que vencer a medalha de ouro, dar show e provar superioridade frente os demais times.
A discussão é ampla e longa. Não se fala muito, nem se faz campanha, mas é notório o descontentamento dos donos das franquias ao liberar que suas estrelas deixem as férias e participem dos Jogos Olímpicos. Eles garantem contratos milionários para os principais jogadores do mundo e podem vê-los lesionados. Caso de Griffin, que um dia antes havia assinado por 5 anos, no valor de U$90 milhões.
Mas também é óbvio a vontade de todo jogador querer vencer uma medalha de ouro e escrever seu nome na história do esporte. Mesmo para craques como Kobe Bryant, LeBron James e Kevin Durant. Estrelas já consagradas, mas que mesmo assim, optaram por irem até Londres conquistar mais um ouro para o país de origem. Para eles não é preciso provar mais nada. Todos já o consideram os melhores jogadores mundiais pelo o que jogam na NBA e não pelo o que vão jogar na Olimpíada.
A lesão de Blake Griffin apenas escancarou o grande medo que torcedores e donos de franquias têm. Griffin passará pela segunda cirurgia no joelho esquerdo. A lesão não é grave, mas poderia ter sido. Foi apenas um jogo e outros 12 jogadores correm o risco de se lesionar até meados de agosto, quando acaba a Olimpíada de Londres. Também é fato que é muito mais empolgante ver as grandes estrelas disputarem o maior torneio mundial entre nações. As Olimpíadas são referência para os melhores atletas do planeta e é natural que as estrelas do basquete lá estejam.
Fato é que a discussão não tem fim. Vai haver quem defenda a ida dos craques e vai haver quem torça o nariz. Existe algum lado certo? Não. Cada um dos lados têm seus prós e contras. O joelho de Griffin serviu para reacender esta interminável discussão e enquanto for liberado que as estrelas da NBA possam ir, elas jogarão e trarão o ouro para os EUA.
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