terça-feira, agosto 07, 2012

Existe vida sem Sean Payton?


Os jogos de pré-temporada da NFL podem não significar muita coisa, mas no pontapé inicial temporada 2012-2013 da NFL, já deu para ver como será o New Orleans Saints sem o técnico Sean Payton. Primeiro é difícil se acostumar com a ideia de ver outro treinador na beira do campo vestindo as cores dourada e preta do time da Lousiana. 

Payton tornou-se figura emblemática da equipe. Não apenas pelo o que conquistou, mas por tudo que ele representou. E ainda representa. Reconstruiu o time ao mesmo tempo em que uma cidade destruída pelo furacão Katrina se levantava aos poucos. Trouxe felicidade a uma população que sofria com o título do Super Bowl e de uma franquia que antes não tinha importância na NFL, levou o Saints a ser olhado com olhos atentos por todos.

Tudo mudou entre a temporada passada e a atual. Os Saints se viram em meio a uma enorme confusão e muitos escândalos. O maior deles envolvendo um programa de recompensas para jogadores de defesa que conseguissem lesionar adversários e, consequentemente, tirá-los do jogo. A NFL julgou Payton como cúmplice do esquema e puniu-o por um ano. E aí está um dos grandes problemas para esta temporada. É possível sobreviver sem Sean Payton?

Sobreviver sim. O New Orleans Saints não é qualquer equipe da NFL. Conta com um quarterback excepcional, um ataque carregado de boas opções e uma defesa que mesmo desfalcada do líder Johnathan Vilma consegue ser eficiente. Mas isso é suficiente para fazer com que New Orleans volte a dominar a NFC e seja potencial favorito a chegar ao Super Bowl?

A resposta é: muito provavelmente não. Payton tinha uma relação quase paternalista com a equipe. Era querido por todos e se envolvia como time como muito poucos outros técnicos. Tinha como carro-chefe definir as chamadas ofensivas. Sempre jogando para frente. Ou alguém não se lembra do onside kick contra o Indianapolis Colts, logo no kickoff do segundo tempo?

Apesar de Drew Brees dizer que o seu desempenho deve melhorar com ele tendo mais liberdade para chamar as jogadas, isso não deve ser muito visto. Payton lê defesas adversárias como poucos. Brees também tem nas costas o peso de ser, mais do que nunca, o líder dos Saints em campo. Não que já não tivesse esse papel, mas agora é Brees ou Brees. E é aí que pode morar o perigo. Após uma temporada impecável e de poucas interceptações, Brees pode ter um ano com muitas falhas, ao tentar forçar os passes e salvar o dia.

Se os Saints chegarão aos Playoffs? Bem possível que sim. Além da qualidade técnica da equipe, os Saints contam com a arena mais hostil da NFL. O Superdome realmente faz diferença e exercendo o mando de campo, o caminho para a pós-temporada já vai estar bem encaminhado.

A temporada também terá um gostinho de todos contra o New Orleans Saints. Pode ter certeza que a punição aplicada ao time da Lousiana servirá de motivação para que a equipe tente chegar o mais longe possível. Os Saints querem mostrar que Roger Goodell errou e pegou pesado nas punições. Que o New Orleans Saints foi injustamente condenado. 

Depois do Spygate, o New England Patriot viu na punição uma motivação e chegou ao Super Bowl com uma campanha invicta. A "pequena" diferença é que Bill Belichick não foi suspenso. Já Sean Payton...

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