Demorou algum tempo, mas o que todo fã do QB maiscomentado da NFL quis sempre ouvir foi falado por Tim Tebow. Sempre questionado como quarterback que não sabe lançar e com os feitos diminuídos, Tebow nunca pareceu afetar-se pela crítica. O que para ele foi e ainda é bom. Não se abalou e aos poucos foi conquistando espaço. Meses após ouvir críticas atrás de críticas, Tebow, enfim, respondeu a quem o critica.
"Sou um quarterback primeiro e antes de qualquer coisa". Problema com a declaração do QB sensação da Liga de Futebol Americano? Não. Não mesmo. Tebow estreou ao fim da temporada 2010-2011. Fez três bons jogos e se despediu da temporada regular com o Broncos eliminado. Chegou 2011-2012 e tudo mudou. Kyle Orton errou muito e Tebow repôs o expriente quarterback que levava os Broncos a uma fraca temporada de 1 vitória em 5 jogos.
Tebow assumiu e com peculiar estilo de jogo e personalidade polarizou a NFL. Tebow conquistou não só os EUA, mas todos o mundo. A tebowmania estava em todo e qualquer lugar. Tebow era assunto da manhã até a noite. E é difícil contestar ou discutir com números.
Tebow conseguiu 7 vitórias entre os primeiros 8 jogos. Levou Denver aos Playoffs. Verdade que com uma campanha de reta final fraca, mas os Broncos chegaram a pré-temporada. Não bastasse tamanha façanha, Tebow e Denver triunfaram sobre a defesa número 1 da NFL. Como? De modo que nem o mais criativo roteirista conseguiria escrever.
Tebow lançou para 316 jardas e anotou um TD de 80 jardas logo de cara na prorrogação. Ok. Você pode contestar que a defesa dos Steelers estava baleada e Roethlisberger estava longe de estar 100%. Mas não dá para tirar os méritos e a vitória de Tim Tebow.
Por tudo isso, Tim Tebow conseguiu ganhar o posto de quarterback da NFL. Ele ainda não anima a grande maioria. Há quem acredite que Tebow exagera com sua religiosidade. Há quem diga que tudo foi sorte. Há quem diga que ele não pode lançar ou jogar. Que ele pertence à NFL. Apenas não como QB. Mas há quem reconheça que Tebow pode sim atuar na posição mais valorizada daNFL.
A declaração de Tebow é interessante. Não vejo como um desabafo. O jovem QB apenas falou o que ele provou em campo. Tebow chegou ao New York Jets para ser o reserva de Mark Sanchez. Não para ser fullback, punt protector, running back ou tight end.
Pode-se se discutir as reais razões para a chegada de Tebow. É verdade que o fator extracampo conta muito. Também não é mistério para ninguém que Tebow é um bom parceiro de time, une o grupo e pode fazer um rachado Jets voltar a ser uno. Tebow também deu mídia ao Jets e tirou o foco dos atuais campeões, New York Giants. Nova York parou para acompanhar a chegada de Tebow. Nunca se teve tantos repórteres em um training camp como o número que compareceu ao dos Jets. Tebow superou o hype até de Peyton Manning que chegou nos Broncos sem muito estardalhaço.
Se ele será titular em Nova York? É possível que sim. Basta Sanchez errar e todos gritarão para que a Tebowmania volte à NFL. Se ele conseguirá repetir o desempenho por lá? Ainda é cedo para falar. Tebow já entrou em campo. Não fez nada. Mas como defesa dele, não jogou como jogava em Denver. Os Jets não usaram a spread offense option. Tática usada por ele e marca registrada em Denver. Tebow também não pôde correr.
Os Jets parecem guardar para quando estiver valendo o que Tebow pode fazer. Resta saber quais surpresas sairão da Caixa de Pandora que agora usa verde e branco.
Nenhum comentário:
Postar um comentário