Não houve quem não se surpreendeu com a incrível volta de Peyton Manning. Dezenove meses longe do gramado, o quarterback jogou contra o Pittsburgh Steelers tranquilo e como se nunca tivesse passado por 4 cirurgias no pescoço. Mas veio o jogo contra Atlanta. Expectativas lá em cima e logo de cara, no primeiro quarto, Peyton foi interceptado 3 vezes.
Alguns narizes torcidos e toda a confiança que Peyton havia dado na primeira semana aos céticos ou a quem duvidava, logo se foi. Foi exagerado o estardalhaço em cima da atuação de Manning contra os Steelers? Não. Foi notável ver um jogador tanto tempo sem jogar voltar como voltou. Jogando como o QB que venceu um Super Bowl e 4 MVPs.
E é exagerada os pontos de interrogações depois do primeiro quarto contra os Falcons? Não totalmente. Não dá para descartar o fato de que Peyton teve 3 INTs em três drives. Mas também deve se levar em conta que o jogador mal voltou aos campos. E ele precisa de tempo para que volte a ser como era e jogar como jogou. Peyton Manning precisa ainda se acostumar com o ritmo da NFL e adaptar toda a mecânica de passe após as cirurgias que influenciaram diretamente na forma como ele lança a bola.
Muitos acreditam que ele nunca mais voltará a ser o mesmo. Pela idade, lesões e pancadas. Mas até aqui, essa teoria vai caindo por terra. O QB sofreu alguns bons tackles e, pelo menos até agora, tem se levantado rápido e sem parecer sentir os golpes dos defensores. Já a idade, é inegável que um jogador de 36 anos não tenha a mesma eficência que um outro de 30. Mas Peyton Manning mostrou nos dois primeiros jogos da temporada muito momentos em que se pôde ver o antigo Peyton Manning.
O agravante para quem duvida do QB foi a declaração do QB reserva de Denver. Brock Osweiler disse que estava pronto para entrar em caso de uma Hail Mary precisar ser lançada.
Indício de que Manning não consegue mais lançar bolas longas? Ainda é preciso muita calma. Não se volta 19 meses depois jogando no mesmo nível que quando se saiu. Manning vai voltar aos poucos e a atuação contra Pittsburgh não pode mascarar essa realidade.
Se o QB dos Broncos consegue fazer a bola oval ir fundo no campo, só o tempo dirá. O que se pode dizer agora é que é cedo. Cedo para tanto crucificar, quanto para canonizar Peyton Manning.
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