quinta-feira, março 22, 2012

Pousando em Manhattan


E a Tebowmania promete tomar enormes proporções em setembro. Tim Tebow acertou sua ida para o New York Jets. Escolheu o time de Nova York a Jacksonville, onde estaria de volta à Flórida, seu estado natal. Preferiu ser banco de Mark Sanchez a ser titular nos Jaguars.

Tod a mídia está agora ligada em Tebow. Mais do que nunca. A chegada de Tebow em Nova York é um evento. O jogador com talvez a maior mídia na história do esporte norte-americano. É incrível o que Tim Tebow gera. Jornais, televisão, debates... Só se fala no quarterback que fez o impossível na temporada passada.

A chegada de Tebow em Nova York pode ser vista de duas formas. Como já dito antes, Tebow não é o melhor lançador na NFL. Longe disso. Teve o pior aproveitamento em passes completos entre todos os QBs titulares da Liga. 46,5%. Nem metade dos seus passes chegaram ao alvo. Mas independente disso, Tebow consegue vencer. Venceu 7 dos 8 primeiros jogos em que jogou em Denver, após colocar Kyle Orton no banco. Venceu 6 jogos em viradas no último quarto. Levou o time ao título da AFC West e triunfou sobre a melhor defesa da NFL, o Pittsburgh Steelers, nos Playoffs.

Tim Tebow é o cara que surge e decide no momento em que o time mais precisa dele. Gosta de enfrentar o imponderável. É diferente a sua áurea nos momentos mais importantes. Foi assim todo a temporada 2011-12. E Rex Ryan busca justamente isso. Um jogador que queira vencer. Não bastasse o perfil psicológico, Tim Tebow também tem um estilo de jogo que agrada Rex Ryan. Não dá para esperar um quarterback que saia lançando bolas no fundo de campo. Rex gosta de correr com a bola, controlar a posse e fazer com que a defesa vença. E Tim Tebow é esse cara. Jogador para segurar a bola, lançar ocasionalmente e deixar a defesa trabalhar.

Tebow finalmente terá uma defesa a altura. Os valores defensivos nos Jets são inquestionáveis. Talento defensivo é o que não falta por lá. Mas há qem critique também a chegada de Tebow. Na verdade, há muito mais gente que critica. A começar pelos já batidos argumentos, mas mesmo batidos, sempre válidos. A mecânica de Tebow é fraca, seu braço não consegue lançar, seu QI como quarterback é baixo e por aí vai...

Muitos acham que a chegada de Tebow é a cereja no bolo do que tem sido os Jets nos últimos anos. Desde 1968 sem ir ao Super Bowl, há quem acredite que com Tebow, os Jets se exporam. Admitiram ser o 2º time em Nova York. Se tornaram uma franquia que preza muito mais a mídia e o show do que a vitória. Tebow nos Jets seria trazer o circo para a cidade. Todos irão querer ver. Uma brilhante jogada de marketing, mas só. Porque Tebow nunca levaria um time a vencer um Super Bowl.

Tebow também seria uma pressão a mais para Mark Sanchez. A imprensa em Nova York é dura com ele. Ao primeiro erro, a torcida irá querer Tebow. Como dar tranquilidade a Mark Sanchez assim? Falando em pressão, Tebow sofrerá mais pressão esse ano. Como se isto fosse possível. Nova York é a Meca do esporte norte-americano. Tudo por lá alcança maiores proporções. Lá quando se vence, se vence de forma grandiosa. Mas também se perde da mesma forma.

Tebow vem como opção a Mark Sanchez. Mas é difícil imaginar que em algum momento ele não seja testado ou aproveitado. Sanchez é conhecido por errar e ceder turnovers. A paciência está se esgotando e Tebow estará pronto no banco para assumir os Jets. Tebow tem a grande chance na sua carreira. Pode brilhar na cidade de Nova York. Podem se preparar. Ainda ouviremos muito sobre Tim Tebow. Este foi só o começo.

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