Indefinida, NFL chega à última rodada da temporada regular

Dezesseis jogos de rivalidades divisional e a Conferência Nacional indefinida agitam a última rodada da temporada regular da NFL. Na Conferência Americana, todas as seis vagas já foram decididas e os clasificados decidem apenas quem folga na primeira rodada dos playoffs. Já do outro lado, a Conferência Nacional pega fogo com a decisão da divisão leste e a última vaga da repescagem.

Dallas Cowboys (8-7) @ Washington Redskins (9-6)
Quem vencer garante vaga nos playoffs e leva o título da divisão leste. O jogo mais importante da Semana 17 será decidido em horário nobre e foi escolhido pela NFL como o duelo para o Sunday Night Football. Dallas só avança à pós-temporada com uma vitória. Já o Redskins pode perder e ainda se classificar pela repescagem, caso Bears e Vikings percam. Desde 2000, o Cowboys tem o pior retrospecto da NFL nos últimos jogos de temporada. Em 12 jogos, o time do Texas só saiu vitorioso duas vezes. Já o Redskins briga pela segunda vitória no ano em cima do rival. Nas últimas 17 temporadas, apenas em 2005 o time da capital foi capaz de derrotar Dallas duas vezes.

Terceiro quarterback em jardas de toda a NFL, Tony Romo vem de quatro touchdowns e 416 jardas, na derrota para o New Orleans Saints dentro de casa. "É incrível como jogamos toda a semana e a única coisa que temos certeza é o nosso adversário pela frente. Tudo pode acontecer e o que nós queremos é chegar aos playoffs", disse o quarterback. Pelo lado do Redskins, o cornerback De Angelo Hall está animado com as chances de classificação do time. "Com certeza nosso estádio vai estar diferente. Será uma atmosfera de playoff e nós queremos ganhar no horário nobre", disse o jogador.

Philadelphia Eagles (4-11) @ New York Giants (8-7)
Atuais campeões, o New York Giants pode ficar de fora dos playoffs. Após perder para o Baltimore Ravens, o time comandado por Eli Manning precisa vencer o rival Eagles e torcer para uma combinação de resultados. Além da vitória, o Giants precisa torcer para derrotas de Bears, Vikings e Cowboys. A má notícia é que nas últimas nove vezes que Eli Manning enfrentou o Philadelphia Eagles, o quarterback venceu apenas uma vez. Pelo lado de Philadelphia, o confronto deve marcar o último jogo de Andy Reid como treinador do Eagles, posto ocupado por ele desde 1999. Com a mão fraturada, Nick Foles está fora e Michael Vick terá mais uma chance como quarterback titular do Eagles.

Chicago Bears (9-6) @ Detroit Lions (4-11)
Depois de começar a temporada com sete vitórias em oito jogos, Chicago venceu apenas duas vezes nos últimos sete jogos. Em um momento nada favorável, o Bears chega à última rodada ainda com chances de classificação. Para isso, é preciso uma vitória em cima do Lions e torcer para uma vitória do maior rival, Green Bay Packers, em cima do Minnesota Vikings. A única pretensão da temporada de Detroit é dar ao recebedor Calvin Johnson inéditas 2000 jardas recebidas em uma única temporada. Para isso, Megatron vai precisar de 108 jardas.

Green Bay Packers (11-4) @ Minnesota Vikings (9-6)
Dentro de casa, o Vikings controla o próprio destino, mas tem uma parada duríssima pela frente. O Green Bay Packers venceu dez dos últimos nove jogos e já está cotado como um dos principais candidatos ao título do Super Bowl. Pelo lado do Minnesota, Adrian Peterson também sonha em quebrar a marca histórica de Erick Dickerson. O running back precisa de 208 jardas para tornar-se o jogador com mais jardas terrestres em uma só temporada.

A Divisão Oeste da Conferência Nacional (NFC Oeste)
O Seattle Seahawks e o San Francisco 49ers já estão nos playoffs, mas o título da divisão oeste ainda está em aberto. Para ser campeão, o 49ers só precisa vencer o Cardinals. Mas em caso de derrota para o Arizona e uma combinação de resultados que envolve uma vitória do Seattle Seahawks em cima do Rams e derrota do Packers para o Vikings, a equipe de Russell Wilson é campeã da divisão.

A folga da primeira rodada da Conferência Americana (AFC)
Houston Texans - Para garantir a melhor campanha da Conferência Americana, o Houston Texans só precisa vencer o Indianapolis Colts dentro de casa. Caso perca para o time de Andrew Luck, o Texans ainda folga se Patriots ou Broncos perderem.
Denver Broncos - Basta vencer o Kansas City Chiefs para folgar. Em caso de zebra, precisa torcer contra o Patriots. Já para ter a melhor campanha de toda a Conferência Americana, Peyton Manning e cia precisam vencer e torcer para uma derrota do Texans.
New England Patriots - Folga na primeira rodada se vencer o Miami Dolphis e Broncos ou Texans tropeçarem. Para ter a melhor campanha da Conferência Americana, New England precisa vencer e torcer para Broncos e Texans perderem.

O que cada time precisa fazer para chegar aos playoffs?

Falta apenas uma semana para a NFL decidir todos os 12 classificados para os playoffs. Na Conferência Americana, todos os seis times já estão definidos. Texans, Broncos, Patriots, Ravens, Colts e Bengals só brigam agora pela ordem de classificação. Já na Conferência Nacional, há muito ainda em disputa. Falcons, 49ers, Packers e Seahawks estão garantidos, mas quem se junta a eles? Bears, Vikings, Cowboys, Redskins e Giants brigam pelo restante das vagas. Quer saber o que cada um deles precisa para chegar aos playoffs? É só olhar aqui.

Minnesota Vikings:
Controla o próprio destino. Mas isso não quer dizer que tenha uma tarefa fácil pela frente. O time de Adrian Peterson encara o Green Bay Packers. Os cabeças de queijo podem até já estarem classifcados, mas uma vitória garante a eles uma folga na primeira rodada. Para Minnesota, vencer garante a vaga. Em caso de derrota, precisa torcer contra Bears, Giants e Cowboys.

Chicago Bears:
Depois de vencer apenas dois jogos dos últimos sete, o time de Illinois se quiser continuar a sonhar precisa primeiro passar pelo Detroit Lions fora de casa. Resta ainda torcer para a vitória do maior rival, Green Bay Packers, em cima do Minnesota Vikings.

Dallas Cowboys:
Será que Tony Romo vai conseguir chegar à pós-temporada? Pela segunda temporada seguida, Dallas chega ao último jogo da temporada na situação de "matar ou morrer". No ano passado, Romo perdeu para o New York Giants. Este ano, na "final" da divisão leste da Conferência Nacional, o Cowboys só depende de si mesmo. O "America's Team" só chega aos playoffs se bater o Washington Redskins.

Washington Redskins:
É outro que só depende de uma vitória. Um dos times mais embalados da NFL, a equipe comandada por Robert Griffin III precisa vencer o Dallas Cowboys pelo Sunday Night Football. Em caso de derrota, o Redskins também se classifica em caso de derrotas de Vikings e Bears.

New York Giants:
É de longe o time com a situação mais complicada. Primeiro precisa vencer o Philadelphia Eagles. Depois de uma vitória, vai precisar secar Vikings, Bears e Dallas. Se um desses resultados não se confirmarem, os atuais campeões ficam de fora dos playoffs.

Algumas curiosidades:
- Se o Giants for eliminado, será a sétima vez que o atual campeão do Super Bowl não vence um jogo de playoff na temporada seguinte.
- Nos últimos nove jogos que começou contra o Philadelphia Eagles, Eli Manning venceu apenas um.
- Desde 2000, Dallas só soube o que é vencer o último jogo da temporada em duas ocasiões. Perdeu as outras dez, no que é o pior retrospecto de um time da NFL.
- A boa notícia para Dallas é que nas últimas 17 temporadas, o Redskins bateu o Cowboys nos dois jogos apenas em 2005.

Recordes e mais recordes na NFL

A Semana 16 da NFL começou com a impressionante quebra de recorde do recebedor Calvin Johnson. O wide receiver do Detroit Lions teve 225 jardas contra o Atlanta Falcons e tornou-se o jogador com mais jardas recebidas em uma única temporada da NFL, com 1871. Megatron ultrapassou o lendário Jerry Rice, eleito pela própria NFL como o maior jogador de futebol americano de todos os tempos. Mas outras importantes marcas também foram quebradas no domingo.

Além de Calvin Johnson, outros recebedores também fizeram história. Wes Welker recebeu dez vezes a bola de Tom Brady na vitória contra o Jacksonville Jaguars e é agora o jogador na história com mais jogos de dez ou mais recepções. Em Dallas, o alvo preferido de Tony Romo, Jason Witten, quebrou o recorde de mais recepções por um tight end em uma única temporada. Em 2012, o jogador recebeu 103 vezes a bola oval e ultrapassou Tony Gonzalez, dono da marca desde 2004, quando teve 102 recepções.

O novato Andrew Luck foi outro que fez história. O jogador precisava de 74 jardas para tornar-se o calouro com mais jardas aéreas em uma temporada de estreia na NFL. Ao lançar 205, o jogador ultrapassou Cam Newton e chegou à marca de 4183 na temporada. A vitória sobre o Kansas City Chiefs também fez o quarterback igualar a marca de sete vitórias em campanhas finais, recorde desde quando a NFL fundiu-se com a AFL, em 1970.

O domingo também foi um bom dia para os kickers. Contra o Houston Texans, o kicker do Minnesota Vikings Blair Walsh anotou o nono field goal de pelo menos 50 jardas, recorde em uma única temporada da NFL. Na Philadelphia, o kicker calouro do Redskins, Kai Forbath, acertou os primeiros 17 field goals na carreira, melhor marca desde a fusão da NFL no ano de 1970.

Em outra expressiva vitória, desta vez contra o Cleveland Browns, Peyton Manning chegou ao 72° jogo da carreira com três ou mais touchdowns. O quarterback do Denver Broncos igualou o recorde da NFL que pertence ao ex-quarterback Brett Favre. O time de Manning também tornou-se um dos quatro times na história a vencer dez jogos seguidos com diferença de pelo menos sete pontos sobre o adversário.

A temporada de 2012 também vai ficar marcada por não seguir a tradicional coincidência que acontece desde 1996. Por 15 anos, pelo menos cinco times que chegavam aos playoffs não haviam participado da pós-temporada do ano passado. Este ano, no máximo quatro times que não estiveram nos playoffs da temporada 2011-12 podem se classificar.

Passou por cima!

O San Francisco 49ers era o time que menos cedia pontos em toda a NFL, 15,6, mas contra o Seattle Seahawks, o time da Califórnia não conseguiu parar o ataque rolo compressor do adversário. Depois de anotar 50 pontos nos dois últimos jogos, Seattle marcou 42 pontos e bateu o time da Califórnia por 42 a 13, no CenturyLink Field. Com 150 pontos nos últimos três jogos, o time da casa só fica atrás do Los Angeles Rams, que em 1950, marcou 165 pontos. A vitória do Seattle Seahawks também garantiu ao time a vaga nos playoffs.

Com uma defesa dominante e um ataque incansável, San Francisco não conseguiu repetir a boa atuação de semana passada contra o New England Patriots. O grande destaque foi novamente o calouro Russell Wilson. O quarterback lançou quatro touchdowns, 171 jardas e errou apenas seis passes dos 21 que tentou. Wilson chegou aos 25 touchdowns na carreira e está a apenas um de igualar o recorde de Peyton Manning quando era novato.

Richard Sherman foi outro que brilhou, mas na defesa. Sherman conseguiu interceptar Colin Kaepernick e ainda retornar um field goal para 90 jardas. Marshawn Lynch também se destacou com 111 jardas em 26 carregadas. O running back anotou um touhdown terrestre e outro aéreo. Pelo 49ers, Kaepernick foi interceptado uma vez, lançou 244 jardas e acertou 19 passes dos 36 que tentou. 

Show no ataque e na defesa

Na primeira vez com a posse de bola, o Seattle Seahawks conseguiu um bom retorno de punt e com uma falta pessoal do 49ers, ficou bem próximo da endzone. Depois de um first down em passe de Russell Wilson, Marshawn Lynch correu 24 jardas e abriu o placar no CenturyLink Field, 7 a 0. Muito pressionado e sem conseguir jogar, San Francisco teve de devolver a bola para o Seahawks. E o time da casa começou a campanha em conexão explosiva entre Wilson e Doug Baldwin para 43 jardas.

Já em boa posição de campo, Marshawn Lynch entrou na endzone, desta vez pelo alto, em passe de nove jardas do quarterback do Seahawks para deixar o jogo 14 a 0. Com muitos problemas para se comunicar com o time, o San Fracisco chegou na linha de duas jardas do campo de ataque, mas teve de se contentar com o field goal. No chute, o defensor Red Bryant bloqueou a tentativa do kicker David Akers e Richard Sherman levou a bola para a endzone, 21 a 0.

Apesar de todo o momento estar do lado do Seahawks, em nova campanha, Russell Wilson foi interceptado logo na segunda jogada por Patrick Willis. Sem conseguir avançar, San Francisco descontou com field goal de 33 jardas, 21 a 3. Ainda melhor no jogo, o Seahawks ampliou a vantagem depois de uma longa campanha que durou oito minutos. Anthony McCoy recebeu passe de seis jardas para deixar a diferença do jogo em 25 pontos. Com pouco tempo no relógio, San Francisco ainda descontou com chute longo de 54 jardas para ir aos vestiários 22 pontos trás no placar.

Na volta do intervalo, o 49ers começava bem a primeira campanha do segundo tempo, mas Mario Manningham sofreu fumble e ainda saiu do jogo com lesão grave no joelho. Em resposta ao turnover, Seattle deixou o jogo 35 a 6, depois de grande recepção de Doug Baldwin para quatro jardas. O time da casa ainda ampliou em outro touchdown de Wilson para Baldwin. Com o jogo já definido, Seattle permitiu passe para touchdown de San Francisco, mas só precisou administrar o relógio e comemorar mais uma classificação para os playoffs.

Indefinição marca Semana 16 da NFL

Com apenas duas semanas para o fim da temporada regular, os times que ainda sonham com uma vaga nos playoffs fazem o último esforço na penúltima rodada da NFL. De dez vagas para os playoffs, sete já estão asseguradas e 19 times ainda sonham em estar no Super Bowl, no dia 3 de fevereiro. Enquanto Atlanta Falcons, Baltimore Ravens, Denver Broncos, Green Bay Packers, Houston Texans, New England Patriots e San Franciso 49ers estão classificados, a divisão norte da Conferência Americana e as divisões leste e oeste da Conferência Nacional ainda estão abertas.

Na busca para garantir a folga na primeira rodada dos playoffs, o Houston Texans (12-2) encara dentro de casa o Minnesota Vikings (8-6), time que sonha com a vaga na respescagem. A grande esperança do time visitante é o corredor Adrian Peterson. Forte candidato ao título de MVP de 2012, o running back acumula 1812 jardas em 2012 e passa das 100 jardas há oito jogos consecutivos. Peterson também está próximo de tornar-se o running back com mais jardas terrestres em uma única temporada - faltam 294 jardas, mas a chance de ultrapassar esta marca não preocupa o treinador Leslie Frazier, do Vikings. "Todos queremos que ele quebre o recorde, mas o mais importante é conseguir a vitória em Houston", disse. Mas o duelo promete ser difícil, já que o Texans venceu sete dos últimos oito jogos no Reliant Stadium.

Pela divisão norte da Conferência Americana, o clássico entre Pittsburgh Steelers (7-7) e Cincinnati Bengals (8-6) vale vaga na briga pela divisão norte da Conferência Americana e repescagem. O Bengals vem de cinco vitórias nos últimos seis jogos, enquanto o Pittsburgh Steelers perdeu na prorrogação para o Dallas Cowboys. Alvo preferido de Big Ben Roethlisberger, o recebedor Mike Wallace confia na experiência do time para bater o Bengals. "Conheço meu companheiro e sei que temos totais condições de vencer e chegar aos playoffs", disse o recebedor.

Conferência Nacional com vagas abertas

Depois de perder por 34 a 0 para o Atlanta Falcons e ver a classificação para os playoffs complicar, o New York Giants (8-6) viaja até Baltimore para encarar o Ravens (9-5). O time da casa também vem de derrota para o Denver Broncos do quarterback Peyton Manning, mas já está garantido na pós-temporada. Após um início com nove vitórias em onze jogos, o time de Joe Flacco perdeu os últimos três duelos na NFL. "Temos muito o que fazer e vamos trabalhar como loucos para fazer o nosso time tornar-se o que ele pode ser", afirmou o treinador John Harbaugh. Pelo lado do time de Eli Manning, o Giants precisa vencer os dois últimos jogos para seguir vivo. "Duas vitórias e chegamos aos playoffs. Esse é o nosso foco e nosso time sabe disso", disse o treinador de Nova York, Tom Coughlim.

No último jogo da rodada, dois dos melhores times da Conferência Nacional se enfrentam pelo Sunday Night Football. O San Francisco 49ers (10-3-1) garantiu vaga nos playoffs e uma vitória em cima do Seahawks (9-5) pode dar folga na primeira semana ao time californiano. Já Seattle controla o próprio destino e ainda tem chances de vencer a divisão oeste da Conferência Nacional.

Na semana passada, o 49ers bateu o New England Patriots e quebrou a sequência de 13 vitóris seguidas em dezembro pelo time de Tom Brady. Colin Kaepernick teve quatro touchdowns e comandou a vitória em cima de um dos melhores times da NFL.Após seis jogos dentro de casa, o Seahawks ainda não perdeu. No CenturyLink Field, Russell Wilson já lançou 12 touchdowns, apenas uma interceptação e tem rating de 118,4. "O céu é o limite para o nosso time. Tenho muita sorte de poder estar nesta equipe", disse Wilson.

Confira aqui a rodada completa da NFL:

Sábado:
Detroit Lions x Atlanta Falcons
Domingo:
Carolina Panthers x Oakland Raiders (4-10)
Dallas Cowboys (8-6) x New Orleans Saints (6-8)
Green Bay Packers x Tennessee Titans (5-9)
Houston Texans (12-2) x Minnesota Vikings
Jacksonville Jaguars (2-12) x New England Patriots (10-4)
Kansas City Chiefs (2-12) x Indianapolis Colts (9-5)
Miami Dolphins (6-8) x Buffalo Bills (5-9)
New York Jets (6-8) x San Diego Chargers (5-9)
Philadelphia Eagles (4-10) x Washington Redskins (8-6)
Pittsburgh Steelers (7-7) x Cincinnati Bengals (8-6)
Tampa Bay Buccaneers (6-8) x Saint Louis Rams (6-7-1)
Denver Broncos (11-3) x Cleveland Browns (5-9)
Arizona Cardinals (5-9) x Chicago Bears (8-6)
Baltimore Ravens (9-5) x New York Giants (8-6)
Seattle Seahawks (9-5) x San Francisco 49ers (10-3-1) 

Qual o segredo dos Broncos?

Seria motivo de piada afirmar que, em 2012, o Denver Broncos encabeçaria a lista dos principais favoritos ao título do Super Bowl. O time acabara de despachar a Tebowmania para Nova York, mesmo com a inacreditável vitória sobre o Pittsburgh Steelers na prorrogação dos playoffs, e fechar um acordo de cinco anos recheado de desconfiança com a, até então incógnita, Peyton Manning.

Difícil acreditar que um time mudaria tanto de cara de janeiro para outubro. A equipe do Broncos garantiu a liderança da divisão oeste da Conferência na Semana 13 e é dona da maior sequência de triunfos consecutivos na temporada com nove vitórias. Desde 2005 não tinha uma campanha tão vitoriosa. De time que vencia após Tim Tebow protagonizar verdadeiros milagres, o Broncos passou a ser um time sólido, consistente e que é dominante não só no ataque, mas também na defesa.

É indiscutível a mudança depois da chegada de Peyton Manning. Denver está competitivo e extremamente difícil de se bater. Mas engana-se quem acha que tudo é "culpa" do quarterback quatro vezes campeão do prêmio de MVP da temporada regular. O Broncos é uma boa equipe quando defende e isso se deve ao Peyton Manning da linha de defesa de Denver, o linebacker Von Miller. Juntos, Manning e Miller lideram os respectivos times de ataque e defesa.

Pela primeira vez em Denver, com um novo playbook e um ano parado depois de quatro cirurgias no pescoço, o quarterback caminha para um inédito pentacampeonato do MVP. É a 12ª temporada que o jogador passa das 4000 jardas. Ele também é o quinto jogador da história a somar 30 touchdowns, 67% de aproveitamento dos passes e menos de dez intercetações. Dos últimos quatro que fizeram o mesmo, três levaram para casa o título de jogador mais valioso da temporada regular.

Já Von Miller tem outra grande temporada depois do primeiro ano de NFL. Atual calouro de defesa, o linebacker agora sonha com o prêmio de melhor jogador defensivo de toda a Liga. Com 16 sacks, o segundanista está atrás apenas três de JJ Watt, do Texans, e Aldon Smith, do 49ers. Miller também é o segundo da NFL quando os sacks são somados aos tackles para perda de jardas. Enquanto o jogador do Denver Broncos tem 29, JJ Watt acumula 37.

Em 1994, Steve Young levou o MVP da temporada regular e Deion Sanders faturou o prêmio de melhor jogador de defesa. Naquele ano, o San Francisco 49ers foi campeão do Super Bowl. Também foi a única vez em que ambos os títulos foram concedidos para a mesma equipe.

Este ano, Manning está mais próximo de faturar o prêmio que Miller. O que não diminui as chances do Broncos levar para Denver o troféu Vince Lombardi no dia 3 de fevereiro. Os dois atletas são os responsáveis pelo o que a equipe do Colorado tornou-se. Tudo em apenas poucos meses e contra o que todos imaginavam e especulavam. Está aí a magia do Denver Broncos de 2012.

Quase lá

Se pelo chão Adrian Peterson caminha para quebrar o recorde de mais jardas corridas em uma temporada, pelo alto, Calvin Johnson também está próximo de estabelecer uma histórica marca. Com 1667 jardas aéreas em 2012, o recebedor do Detroit Lions precisa de 181 jardas nos próximos dois jogos para tornar-se o recebedor com mais jardas recebidas em uma única temporada.

A marca de 1848 jardas que dura até hoje foi estabelecida pelo lendário wide receiver Jerry Rice em 1995. O ex-recebedor do San Fracisco 49ers foi campeão três vezes do Super Bowl, editou com Joe Montana uma das duplas mais produtivas da história da Liga e é considerado o maior jogador da história do futebol americano pela própria NFL.

Apesar da decepcionante campanha do Detroit Lions este ano, o Megatron conseguiu os incríveis números. Se Jerry Rice tinha Joe Montana, Calvin Johnson faz dobradinha com Matthew Stafford. O quarterback novamente figura entre os quarterbacks mais explosivos da NFL e é o quarto da NFL em jardas, atrás apenas de Drew Brees, Tom Brady e Tony Romo.

Jerry Rice também coleciona outros recordes individuais na NFL. O jogador é considerado o maior wide receiver da história do futebol americano e os números do recebedor comprovam isso. Em toda a carreira, Rice é o recordista com 1549 recepções, 445 a mais do que o segundo lugar, e 22895 jardas pelo alto, 6961 a mais do que o segundo lugar. O maior número de touchdowns, com 208 - sem contar quarterback - também é dele, junto com mais pontos, 1256 - sem contar kickers.

Jets de fora

Cinco turnovers, uma corrida de 94 jardas, a mais longa da NFL desde 2006, e o Tennessee Titans despachou o New york Jets da briga pelos playoffs por 14 a 10, no jogo que fechou a Semana 15 da Liga. No possível pior jogo da carreira do quarterback do Jets Mark Sanchez,o jogador lançou quatro interceptações e perdeu fumble na linha de 25 jardas do campo adversário, a apenas 50 segundos do fim do último período.

Muito criticado e cercado de interrogações, Sanchez teve apenas 131 jardas e acertou 13 passes dos 28 que tentou, além das quatro interceptações e do decisivo fumble perdido. Sanchez também chegou à marca de 23 turnovers – maior marca dessa temporada, ao lado de Andrew Luck – e teve o terceiro jogo da carreira com quatro intercepções.

E a surpresa da noite ficou por conta de Tim Tebow. A sensação do ano passado participou pela primeira vez na temporada de toda uma campanha do Jets. Foram duas jogadas óbvias de passe que complicaram o jogador e fizeram com que Tebow fosse sackado em uma e forçado a jogar a bola fora em outro.

A equipe do Jets precisava vencer os últimos três jogos do ano e secar os rivais para tentar chegar à temporada, mas o time não fez o próprio dever de casa. O longo touchdown pelo chão do running back Chris Johnson e oura corrida de 13 jardas do quarterback Jake Locker fizeram o Titans sair vitorioso do penúltimo Monday Night Football do ano.

Por que o Giants não vai ser bicampeão?

Ainda é cedo para cravar que a temporada do New York Giants acabou. É também perigoso apostar contra um time que fez o que fez ano passado. Afinal, bater o improvável tornou-se a marca registrada deste time e, exatamente, o que o Giants tem feito nos últimos anos. Em 2007, o time desacreditado chegou aos playoffs e derrotou o, até então, invicto New England Patriots. Em 2011, o roteiro se repetiu, talvez com uma dose menor de drama, contra o mesmo Patriots, e o Giants saiu com o Vince Lombardi debaixo do braço.

Mas muita coisa mudou do ano passado para cá. Mudanças que podem fazer os atuais campeões não conseguirem defender o título ou, talvez até, nem chegarem aos playoffs. O Giants que perdeu para o Atlanta Falcons não é nem sombra do Giants que venceu o Packers do MVP Aaron Rodgers, o 49ers da defesa mais dominante da NFL e o próprio Patriots de Tom Brady. O time perdeu quatro dos últimos seis jogos e não é mais o líder da divisão leste da Conferência Nacional.

O que mudou de um ano para o outro? O que fez o campeão mundial tornar-se um time que leva 34 pontos e não anota sequer um?

Inconsistência
De uma pós-temporada que tudo deu certo a uma temporada regular cercada de dúvidas, incertezas e estranhas atuações. Depois de um bom início, New York parece que ainda não se encontrou. O time não consegue engatar uma sequência de bons resultados. O mesmo time que conseguiu quatro vitórias seguidas este ano não anotou touchdowns aéreos em outros três jogos consecutivos. Todo o ataque tem oscilado e o jogo terrestre não consegue se impor. Eli acaba sobrecarregado e dono de todo um ataque, o que não é a praia dele.

Lesões
As contusões afetam toda a NFL e não são exclusividade apenas do New York Giants, mas esse ano, o mal das lesões pegou de jeito a equipe nova iorquina. E logo os principais jogadores. Hakeem Nicks, Jason Pierre-Paul, Osi Umenyora, Ahmad Bradshaw...Recebedores, running backs, jogadores de defesa, da secundária, da linha ofensiva. O Giants foi castigado por ter os melhores jogadores de fora e não conseguiu colocar dentro de campo peças que conseguissem repôr à altura os que saíram.

Defesa
Na liga em que o jogo pelo alto é cada vez mais valorizado e três quarterbacks (Matthew Sttaford, Tom Brady e Drew Brees) passaram das 5000 jardas em 2012, não se consegue vencer com uma secundária limitada. Este ano, o time tem a segunda pior média da NFL em jardas aéreas e cede 8,1 jardas em média a cada passe. Já pelo chão, os problemas continuam. A cada carregada, o adversário corre 4,7 jardas, o quarto time que mais permite avanços de toda a Liga. Com tantos problemas defensivos, o Giants não consegue administrar o relógio e vê o ataque muito tempo na sideline, apenas assistindo à defesa jogar.

Divisão
No ano passado, o New York Giants chegou aos playoffs com uma mediana campanha de nove vitórias e sete derrotas. A divisão leste da Conferência Nacional não oferecia muitas ameaças. Dallas e Philadelphia tinham dois bons times na teoria, mas na prática eram bem longe do ideal. Este ano, mudanças. Washington voltou a ser competitivo com as chegadas de Robert Griffin III e Alfred Morris. Já Dallas parece entrar, aos poucos, nos trilhos. Resultado: A divisão passou a ser uma das mais equilibradas da NFL. Giants, Cowboys e Redskins estão empatados na liderança com campanhas idênticas (8-6). A apenas duas rodadas, pode dar qualquer coisa.

Pode ser que o New York Giants faça queimar a boca de muita gente ainda. Dizem que o raio não cai duas vezes no mesmo lugar. Com o time de Nova York é diferente. O raio lá caiu duas vezes. Mas será que cairá pela terceira vez? Pelo andar da carruagem azul pilotada por Eli Manning, diria que não.

Tudo aberto ainda na Semana 15

Faltam apenas três rodadas para o fim da temporada 2012 da NFL e muito pouco já está definido na principal liga de futebol americano do mundo. Quatro vagas ainda estão abertas e 24 times estão na briga para estarem no Mercedes-Benz Superdome, no dia 3 de fevereiro do ano que vem. No último Thursday Night Football do ano, o Cincinnati Bengals (8-6) passou com facilidade pelo Philadelphia Eagles (4-10), 34 a 13, e continua firme na disputa pelo título da divisão norte da Conferência Americana.

No fim de semana, o Georgia Dome recebe o confronto entre Atlanta Falcons e New York Giants. O time da casa já está classificado para os playoffs, mas a equipe de Nova York precisa vencer para continuar na liderança da divisão leste da Conferência Nacional. No ano passado, o Giants bateu o Falcons por 24 a 2, na arrancada pelo título. Para Eli Manning, a única preocupação do time são os últimos três jogos de 2012. "Nosso foco é todo nesses três jogos. Precisamos continuar vencendo", disse.  

Domingo também é dia da maior rivalidade da NFL em campo. Green Bay Packers (9-4) e Chicago Bears (8-5) se enfrentam no Soldier Field em jogo que vale a liderança da divisão norte da Conferência Nacional. Uma vitória do Packers dá o título da divisão pelo segundo ano consecutivo. "Podemos resolver nossa vida essa semana e estamos em uma boa posição, mas Chicago é um time difícil de ser batido e um adversário duro. Há muito em jogo", afirmou Aaron Rodgers. Com quatro derrotas nos últimos cinco jogos, Chicago busca voltar a atuar bem. "O que acontecer nos próximos três jogos vai ditar o nosso destino e ainda podemos atingir todos os nossos objetivos", projetou o treinador do Bears, Lovie Smith. 

Jogões na Conferência Americana

Outra rivalidade que também coloca muito em jogo é Indianapolis Colts (9-4) e Houston Texans (11-2). O time de melhor campanha da Conferência Americana precisa de uma vitória para vencer a divisão sul, mas o Colts pode tirar o título de Houston em caso de vitória nos próximos três jogos. A vitória do time do calouro Andrew Luck também garante uma vaga na pós-temporada pela respescagem. No ano passado, o time venceu apenas dois jogos, lembra o defensor Anthoine Bethea. "Calamos os críticos e estamos fazendo uma ótima temporada, depois de um ano difícil. É muito bom voltar a vencer", afirmou.

Também pela Conferência Americana, Denver Broncos (10-3) e Baltimore Ravens (9-4) se enfrentam, em Baltimore, de olho na folga da primeira semana dos playoffs. Denver é o time com a maior sequência de vitórias seguidas na temporada, com oito, enquanto Baltimore tem a segunda melhor marca dentro de casa, com cinco vitórias em seis jogos.

No duelo que fecha o domingo, o Sunday Night Football pode ser a prévia do Super Bowl XLVII. O New England Patriots (10-3) vem animado de uma vitória arrasadora sobre o Houston Texans, mas encara o forte time do San Francisco 49ers (9-3-1). Para o time da Califórnia, a vitória significa o título da divisão leste da Conferência Nacional, já para o Patriots, vencer é dar mais um passo para garantir uma das duas melhores campanhas da Conferência Americana. "Tivemos pouco tempo para nos prepararmos e temos um grande time pela frente", disse Tom Brady.

Confira aqui a rodada completa da NFL:

Quinta-feira:
Philadelphia Eagles (4-10) 34 x 13 Cincinnati Bengals (8-6)
Domingo:
Atlanta Falcons (11-2) x New York Giants (8-5)
Baltimore Ravens (9-4) x Denver Broncos (10-3)
Chicago Bears (8-5) x Green Bay Packers (9-4)
Cleveland Browns (5-8) x Washington Redskins (7-6)
Houston Texans (11-2) x Indianapolis Colts (9-4)
Miami Dolphins (5-8) x Jacksonville Jaguars (2-11)
New Orleans Saints (5-8) x Tampa Bay Buccaneers (6-7)
Saint Louis Rams (6-6-1) x Minnesota Vikings (7-6)
Arizona Cardinals (4-9) x Detroit Lions (4-9)
Buffalo Bills (5-8) x Seattle Seahawks (8-5)
San Diego Chargers x Carolina Panthers (4-9)
Dallas Cowboys (7-6) x Pittsburgh Steelers (7-6)
Oakland Raiders (3-10) x Kansas City Chiefs (2-11)
New England Patriots (10-3) x San Francisco 49ers (9-3-1)
Segunda-feira:
Tennessee Titans (4-9) x New York Jets (6-7)

Eagles erra muito e Bengals se dá bem

O ataque do Cincinnati Bengals não teve a noite dos sonhos, mas os cinco turnovers do Philadelphia Eagles – quatro deles fumbles – deixaram o Bengals ainda vivo na briga pelos playoffs. Em duelo na Filadélfia, o time visitante confirmou o favoritismo e bateu o mandante por 34 a 13, no último jogo de quinta-feira da NFL no ano. A vitória deixa Cincinnati apenas um jogo atrás do Baltimore Ravens na briga pelo título da divisão norte da Conferência Americana. 

 

No jogo de abertura da Semana 15, o time ofensivo do Bengals oscilou muito e Cincinnati se aproveitou dos turnovers adversários. O destaque foi o recebedor AJ Green que voltou a marcar pontos depois de três jogos sem pontuar. Andy Dalton também conseguiu anotar dois touchdowns – um deles pelo chão – e lançou 114 jardas, em 12 passes completos dos 26 tentados. Pelo lado do Eagles, a defesa bem que tentou, e até conseguiu, conter Andy Dalton e cia, mas os erros no ataque foram decisivos para a décima derrota do time no ano.

Confira aqui como foi o jogo:

Como costuma fazer no início dos jogos, o Cincinnati Bengals começou bem e se aproveitou dos erros do Philadelphia Eagles. O time da NFL que mais anota pontos no primeiro quarto entrou na endzone com BenJarvus Green-Ellis, depois do Bengals recuperar um fumble. Na campanha seguinte, Philadelphia tentou devolver a bola, mas o punt foi bloqueado. Já na redzone, o Eagles ampliou com field goal de 24 jardas, convertido por Josh Brown.

Depois de dois punts seguidos de Cincinnati, o Eagles tirou o zero do placar. Em jogada explosiva, Jeremy Maclin posicionou bem o time da casa com recepção de 46 jardas. Nick Foles só precisou conectar passe de 11 jardas e Riley Cooper descontou, 10 a 7. 

No segundo período, Philadelphia conseguiu criar bons momentos, mas ficou no quase nas duas vezes que esteve perto de chegar ao touchdown. Andy Dalton sofreu sack e a bola ficou com o Eagles. Na linha de 28 jardas do campo de ataque, Philadelphia esteve a apenas três jardas da endzone, mas sem conseguir anotar um touchdown, teve de se contentar com field goal de 22 jardas, cobrado por Alex Henery. 

Após o two minute warning, mais um sack em Andy Dalton e mais um fumble recuperado, agora por Darryl Tapp. Mas de novo bem perto da endzone, o Eagles não conseguiu anotar um touchdown e precisou bater outro field goal, dessa vez de 20 jardas, para deixar o jogo 13 a 10 e ir para os vestiários com a vantagem no placar.

Na volta do intervalo, os ataques seguiam sem conseguir produzir. Depois de dois punts seguidos para Cincinnati, Nick Foles lançou a bola fundo e foi interceptado pelo cornerback Leon Hall. Com a primeira boa campanha do ataque após o primeiro período, o time visitante virou para cima do Eagles. Andy Dalton correu 11 jardas pelo meio e deixou o jogo 17 a 13.

Fumble atrás de fumble

Quatro pontos atrás no placar, Philadelphia voltou ao campo para pontuar, mas logo na segunda jogada, os turnovers prejudicaram novamente o Eagles. Bryce Brown sofreu fumble e o defensor Wallace Gilberry retornou a bola para a endzone e deixou o jogo 24 a 13. De volta com a posse, mais um fumble. Na primeira vez com a bola na campanha, Nick Foles passou para o tight end Clay Harbor e o jogador perdeu a bola. O kicker Josh Brown só precisou acertar field goal de 32 jardas.

Mas continuava o problema com os turnovers. Depois de receber a bola no kickoff, o retornador do Eagles não conseguiu agarrar a bola e o jogador sofreu o quarto fumble do Philadelphia Eagles na partida. E o erro resultou em mais um castigo. Andy Dalton fez lançamento para AJ Green e o wide receiver voltou a marcar um touchdown depois de três jogos sem pontuar, 34 a 13.

Com poucos minutos no relógio e uma larga vantagem, Cincinnati administrou o relógio com o jogo terrestre, e garantiu a vitória que mantém o time vivo na briga por uma vaga na pós-temporada.

Existe fórmula para vencer o Super Bowl?

Seria ingênuo achar que existe uma fórmula perfeita para o sucesso. Principalmente tratando-se do mundo dos esportes. Fatores como a sorte, o momento vivido e um dia iluminado fazem com que não exista uma receita infalível para o sucesso. E justamente por isso este mundo é apaixonante e atrai milhares e milhares de pessoas ao redor de todo o globo.

E o futebol americano não foge a essa regra. Nem sempre o melhor time sai com a vitória, mas é possível identificar alguns pontos comuns à maioria dos times vencedores. E que pontos seriam esses? O que costuma levar um time da NFL ao sonho de vencer um Super Bowl? E quais times hoje se encaixam nesse perfil?

Um quarterback top

Há quem diga que se pode vencer o jogo mais importante dos esportes norte-americanos sem um quarterback brilhante. E realmente há exemplos disso. Trent Dilfer, do Baltimore Ravens, e Brad Johnson, do Tampa Bay Buccaneers, não eram quarterbacks que enchiam os olhos, mas ainda assim, levaram Ravens e Bucs ao título com dominantes defesas e um produtivo jogo terrestre.

Mas pegue os últimos campeões e veja quem foram os quarterbacks de cada um dos times vencedores. Tom Brady (Duas vezes), Ben Roethlisberger (Duas vezes), Eli Manning (Duas vezes), Peyton Manning, Drew Brees e Aaron Rodgers. Seria apenas coincidência que as equipes campeãs tivessem um grande nome na posição de quarterback?

E o que faz um quarterback ser considerado top? Basicamente, ser um quarterback do primeiro escalão na NFL é ser capaz de decidir jogos quando mais se precisa e fazer com que companheiros de time, mesmo que medianos, tornem-se grandes jogadores.

Hoje, Broncos, Steelers, Patriots, Giants e Packers são times que estão na briga pelo título do Super Bowl e possuem quarterbacks tops.

Saldo positivo de turnovers

Mais do que uma incrível defesa, é preciso forçar turnovers para se vencer na NFL. E mais importante do que apenas forçá-los é não ceder muitos deles. A chave é manter um saldo positivo. Basta pegar como exemplo a defesa dos atuais campeões no ano passado.

O time de defensores do New York Giants soube aproveitar os erros dos adversários e proteger a bola. No futebol americano, ter a bola é sinônimo de mais posse de bola e mais chances de pontuar. Não ter a bola é sinal de que o outro time tem a oportunidade de anotar pontos.

Atualmente, Patriots, Giants, Texans, Bears, Ravens, Redskins, Seahawks, Packers, Falcons e 49ers são times na briga pela pós-temporada com saldo positivo.

Bons recebedores

Em uma NFL que, cada vez mais, prioriza o jogo aéreo, ter jogadores que saibam receber a bola faz a diferença entre ganhar ou não um Super Bowl. Pode-se discutir se o recebedor é realmente bom ou o quarterback top que o faz parecer ser acima da média.

Mas uma opção ou outra, não se pode abrir mão de talentosos recebedores. De novo, basta voltar aos últimos campeões. Reggie Wayne e Marvin Harrison (Colts), Victor Cruz e Hakeem Nicks (Giants), Hinus Ward e Santonio Holmes (Steelers), Greg Jennings, Donald Drive e Jordy Nelson (Packers). Todos são exemplos de recebedores que foram importantes e têm parcela importante nos títulos das respectivas equipes.

Hoje, Packers, Giants, Patriots e Falcons são os times com alvos perigosos para qualquer secundária.

Ser um time acostumado com a decisão

Michael Jordan já dizia que os homens se separam dos meninos durante os playoffs. Ter experiência e saber decidir é fundamental nos jogos mais importantes. Jogadores e treinadores que sabem lidar com a pressão na hora do "matar ou morrer" são aqueles que conseguem ir mais longe.

Claro que estar acostumado a decisões não é garantia de vitórias, mas junto com outros fatores pode ser crucial para a vitória no Super Bowl. Mais do que apenas a força física ou a técnica, o psicológico é um fator decisivo na hora de decidir.

Os times que se saem melhor nos playoffs e estão no bolo para chegar ao Super Bowl são Broncos, 49ers, Steelers, Patriots, Ravens, Packers e Giants.

De novo, o futebol americano é um esporte, e como qualquer esporte, está sujeito a fatores externos. A receita para a vitória não é matemática ou lógica, mas a mistura dos ingredientes já são um grande passo para o sucesso.

Quem estaria hoje nos playoffs da NFL?

New England Patriots, Denver Broncos, Houston Texans e Atlanta Falcons garantiram vaga nos playoffs na Semana 13 e quatro vagas ainda continuam abertas, mesmo depois da última rodada da NFL. A apenas três jogos para o fim da temporada regular, a liga de futebol americano segue embolada. Com a derrota para o Patriots, o Texans - que já está garantido pela repescagem - deixou escapar a chance de vencer a divisão sul da Conferência Americana.

Quem também deixou escapar a vitória da divisão foi o Baltimore Ravens. O time da Pensilvânia perdeu na prorrogação para o Washingto Redskins, por 31 a 28, e não aproveitou a derrota do Pittsburgh Steelers diante do San Diego Chargers para se isolar a liderança da divisão norte da Conferência Americana. Na mesma divisão, o Cincinnati Bengals perdeu para o Dallas Cowboys e segue na briga por uma vaga na repescagem.

Também pela Conferência Americana, a vitória do Indianapolis Colts de virada em cima do Tennessee Titans deu ao time de Andrew Luck a melhor campanha entre os times que brigam para chegar aos playoffs pela repescagem. Com nove vitórias, o Colts pegaria hoje o Baltimore Ravens. No outro duelo, o Pittsburgh Steelers encararia o Denver Broncos. Houston Texans e New England Patriots folgariam.

Pelo lado da Conferência Nacional, apenas o Atlanta Falcons já assegurou a vaga nos playoffs. Na divisão norte, a disputa segue embolada. O Green Bay Packers lidera com nove vitórias e quatro derrotas, mas tem na cola o Chicago Bears, oito vitórias e cinco derrotas, e o Minnesota Vikings, sete vitórias e seis derrotas.

Com o triunfo de San Francisco em cima do Miami Dolphins, o time da Califórnia hoje seria o time de segunda melhor campanha em toda a conferência. A equipe lidera a divsão oeste e está à frente do rival Seattle Seahawks, que apesar de vencer o Arizona Cardinals por 58 a 0, classificaria-se hoje através da repescagem.

Outra divisão indefinida é a do lado leste. Depois de bater o New Orleans Saints, o New York Giants segue como líder com oito vitórias e cinco derrotas. Dallas Cowboys e Washington Redkins seguem com um jogo atrás, após vencerem os jogos no domingo. Hoje, o Chicago Bears pegaria o Green Bay Packers e o Seattle Seahawks enfrentaria o New Orleans Saints, enquanto Atlanta Falcons e San Francisco 49ers
folgariam.

Atropelo no MNF

Apesar dos muito bons jogos da Semana 14, a expectativa era de que o grande confronto da rodada fosse o Monday Night Football. Mas no duelo entre duas das melhores equipes da Conferência Americana, tudo o que não se viu foi um jogo equilibrado. Com quatro touchdowns aéreos e uma atuação de gala, Tom Brady foi o principal jogador do massacre dentro de casa do New England Patriots em cima do Houston Texans, por 42 a 14. A sétima vitória seguida do Patriots faz o time continuar na briga por uma das duas melhores campanhas da Conferência Americana. Já Houston, acendeu a luz amarela de atenção, mas perdeu apenas o segundo jogo no ano. 

Além dos quatro touchdowns, Tom Brady lançou 296 jardas e acertou 21 passes dos 35 que tentou. O quarterback também chegou ao 14º jogo da carreira com quatro touchdowns e nenhuma interceptação, recorde da NFL. Quem também teve uma boa atuação foi Aaron Hernandez. O tight end recebeu 58 jardas e anotou dois touchdowns pelo alto.

Pelo lado de Houston, os grandes nomes do ataque não conseguiram oferecer problemas ao time da casa. Matt Schaub lançou uma interceptação e 232 jardas, em 19 passes completos de 32 tentados. Arian Foster correu um touchdown, mas teve apenas 46 jardas em 15 carregadas. Já a esperança defensiva de Houston, JJ Watt, não conseguiu pressionar Tom Brady. Andre Johnson foi o melhor da equipe do Texas com 8 recepções para 95 jardas.

Confira aqui como foi o jogo:

Depois de forçar um punt do Houston Texans, o New England Patriots abriu o placar no Gillette Stadium. Wes Welker conseguiu um bom retorno e deixou a equipe da casa em boa posição de campo. O time do Patriots chegou à linha de quatro jardas do adversário e o running back Stevan Ridley correu para entrar na endzone, mas sofreu fumble. Aaron Hernandez conseguiu salvar a posse de bola e na jogada seguinte recebeu passe de Tom Brady para deixar o jogo 7 a 0. 

De volta com a bola, Houston avançou a bola até a linha de 21 jardas do New England Patriots, mas Matt Schaub foi interceptado pelo cornerback Devin McCourty. Com bons avanços pelo alto, New England abriu 14 a 0, dessa vez com passe de 37 jardas de Tom Brady para Brandon Lloyd. Houston seguia sem produzir no ataque e não ter resposta para o ataque liderado por Brady.

Logo no início do segundo quarto, New England ampliou a vantagem, novamente, com touchdown de Aaron Hernandez, agora de quatro jardas. Com 21 pontos de vantagem, o time de Tom Brady tirou o pé e viu Houston melhorar um pouco na parte defensiva, mas ainda continuar com problemas para pontuar.

Tom Brady continua ritmo forte

Na volta do intervalo, a defesa de Houston continuava a pressionar o ataque de New England. Mas depois de uma campanha que resultou em punt, o time da casa voltou a mexer no placar. O inspirado Tom Brady fez lançamento de 63 jardas para Donte’ Stallworth deixar o jogo 28 a 0.

Apesar da diferença de quatro posses de bola, Houston descontou a diferença e anotou os primeiros pontos da equipe no jogo com o corredor Arian Foster. O running back entrou na endzone apenas na metade do terceiro período, após campanha que durou pouco mais de três minutos e percorreu 88 jardas.

Mesmo com a vitória já quase assegurada, New England continuou a imprimir um forte ritmo. E quando a fase é boa, até o fumble sofrido por Danny Woodhead resulta em touchdown. O running back perdeu a bola, mas Bradon Lloyd recuperou a bola já na endzone e deixou o jogo de volta em 28 pontos de diferença, 35 a 7. Sem produzir nada ofensivamente, Houston ainda viu Stevan Ridley correr 14 jardas e anotar o 42º ponto do Patriots.

Com uma larga vantagem e a vitória já na conta, New England se deu ao luxo de poupar Tom Brady e o reserva Ryan Mallet foi interceptado. Houston aproveitou o turnover para deixar diminuir a diferença para 28 pontos, com touchdown de uma jarda de T.J Yates. A apenas dois minutos do fim do jogo, New England só queimou o relógio e garantiu a sétima vitória seguida na NFL.

O cara que quebrou a maldição do Madden

Na vida, há quem não passe por debaixo da escada ou vista uma roupa pelo lado avesso. Costumamos usar a superstição para nos ajudar a entender um padrão incomum ou algum fenômeno que não se consegue explicar. No mundo dos esportes, a superstição também está presente. Nos Estados Unidos, muitos jogadores preferem não usar o uniforme com o número 13 e jogadores segundanistas, normalmente, não conseguem repetir o ano de sucesso que tiveram como calouros.

Mas a mais conhecida superstição talvez seja a chamada "maldição do Madden". Em 1989, o ex-treinador campeão do Super Bowl pelo Oakland Raiders, John Madden, lançou um jogo de videogame da NFL. Quem estampava a capa do game era o próprio Madden. Mas tudo mudou em 2001.

A partir deste ano, o ex-técnico deu lugar a um importante nome da NFL que todo ano é trocado. E foi aí que tudo começou. Desde que jogadores passaram a ser capas do game, quem é o escolhido sofre alguma grave lesão, tem um ano decepcionante ou nunca mais consegue fazer uma boa temporada. Bom, pelo menos até esse ano.

O torcedor do Detroit Lions não gostou nada de ver que o escolhido para estrelar o Madden 2013 seria o recebedor Calvin Johnson. O Megatron, como o wide receiver é conhecido, teve uma incrível temporada ano passado. Ao lado do quarterback Matthew Sttaford, Johnson protagonizou uma das duplas mais produtivas e explosivas da NFL e liderou o ataque do Lions que chegou surpreendentemente aos playoffs. Foram impressionantes 16 touchdowns, 1681 jardas e 96 recepções.

Com uma temporada boa como a do ano passado, a expectativa era de que algo de errado acontecesse e atormentasse o atleta. Afinal, o mesmo já havia acontecido com outros grandes nomes da NFL.

Troy Polamalu machucou o joelho e ficou de fora de 11 jogos; Larry Fitzgerald teve a pior temporada em jardas, depois da capa no Madden 2010; Brett Favre ia levar o Jets aos playoffs, mas rompeu um tendão do braço e foi para o banco; Vince Young machucou o joelho e só jogou três jogos, após assinar contrato de cinco ano com o Titans; e Michael Vick quebrou a perna na pré-temporada, um dia depois do Madden 2004 ser lançado.

Por que com Calvin Johnson seria diferente? Por que o Megatron não seria afetado pela maldição que atormentou tantos grandes jogadores? Simplemente pelo fato de Calvin Johnson ser Calvin Johnson. Verdade que este ano o número de touchdowns não é o mesmo de antes e o Detroit Lions é apenas figurante na NFL, mas não dá para fazer vista grossa em cima do que ele tem feito até aqui.

Com ainda quatro jogos pela frente, o jogador dos Lions já tem 1428 jardas e 86 recepções, além de cinco touchdowns. Johnson também tornou-se na semana passada o único recebedor da história da NFL a ter quatro jogos seguidos com pelo menos 140 jardas. A superioridade sobre os outros wide receivers é tanta, que o Megatron tem 231 jardas a mais que Demaryus Thomas, segundo da lista em jardas recebidas.

Não dá para dizer se a tal "maldição do Madden" é real ou não. Também não dá para dizer se ela já está de olho no Madden 2014 (Peyton Manning? Andrew Luck? Robert Griffin III?). Mas o que não se pode discutir é que a maldição do jogo de videogame, pelo menos esse ano, passou bem longe de Calvin Johnson.

Fim de semana recheado de indefinições na NFL

Em uma das temporadas mais abertas da NFL, a Semana 14 da liga de futebol americano começa com 22 times ainda na briga por quatro vagas na pós-temporada. As outras quatro vagas já foram ocupadas. New England Patriots (9-3), Atlanta Falcons (11-1) e Denver Broncos (10-3) asseguraram presença nos playoffs por vencerem as respectivas divisões na semana passada. Já o Houston Texans ainda não é o campeão da divisão sul da Conferência Americana, mas já está garantido com pelo menos uma vaga na repescagem.

No jogo que abriu a rodada pelo Thursday Night Football, o Denver Broncos (10-3) não teve problemas e passou com facilidade pelo Oakland Raiders (4-9), por 26 a 13. A noite foi novamente de Peyton Manning.O favorito ao título de MVP da temporada 2012 lançou o 30° touchdown da temporada e alcançou a marca de 5000 passes completos na carreira, atrás apenas de Brett Favre (6200).

Nos jogos de domingo, duas equipes ainda com chances de classificação jogam a vida por uma vaga nos playoffs. O Dallas Cowboys visita o Cincinnati Bengals, após conseguir uma importante vitória em cima do Philadelphia Eagles, na semana passada. E Tony Romo está animado após uma noite histórica. O quarterback lançou 303 jardas, três touchdowns e completou 81,5% dos passes. Romo ainda superou a marca de Troy Aikman e tornou-se o quarterback com mais touchdowns aéreos na história do Dallas Cowboys (167). Um dos alvos de Tony Romo, Miles Austin explicou a importância de vencer na reta final da NFL. "Daqui para frente, precisamos vencer todos os jogos para nos mantermos vivos", disse.

Depois de uma importante vitória em cima do New York Giants (7-5) na semana passada, o Washington Redskins (6-6) tem um difícil adversário pela frente. Para manter vivas as esperanças de chegar aos playoffs, Washington recebe o Baltimore Ravens (9-3). O time da casa vem de três vitórias seguidas e está apenas um jogo atrás do Giants, pela liderança da divisão leste da Conferência Nacional.

Grande responsável pela campanha, Robert Griffin III tem nos últimos três jogos rating de 140 e nove passes para touchdown. "Mesmo com a vitória em cima do Giants, estamos com as costas contra a parede. Precisamos da vitória", disse RGIII. Do lado de Baltimore, o corredor Ray Rice acredita que a derrota para o Pittsburgh Steelers (7-5) não abala a confiança do Ravens. "Temos muitos jogos ainda pela frente. Somos os atuais campeões da divisão e ainda somos os líderes", afirmou.

Domingo de clássicos na divisão norte da Conferência Nacional

O domingo também conta com duas clássicas rivalidades da NFL. Pela divisão norte da Conferência Nacional, o Chicago Bears (8-4) vai até Minneapolis encarar o Minnesota Vikings (6-6). As duas equipes perderam na semana passada e buscam a reabilitação. Chicago teve a volta do quarterback Jay Cutler, mas foi derrotado na prorrogação pelo Seattle Seahawks (7-5). Já Minnesota viu uma excelente atuação de Adrian Peterson, mas ainda assim, o time caiu diante do Green Bay Packers (8-4). 

Ainda pela mesma divisão, o Sunday Night Football tem como jogo a rivalidade entre Detroit Lions (4-8) e Green Bay Packers. Animado pela vitória em cima do Vikings, o Packers é o líder da divisão e tem Aaron Rodgers como grande nome. O quarterback lançou pelo menos um touchdown nos últimos 35 jogos dentro de casa. A antiga marca era do lendário Johnny Unitas, com 34 jogos no Memorial Stadium. Pelo lado de Detroit, a estrela é o recebedor Calvin Johnson. O jogador lidera a NFL com 1428 jardas recebidas e é o único da história a a ter pelo menos 140 jardas em quatro jogos consecutivos.

No duelo que fecha a Semana 14, o New England Patriots (9-3) é o mandante do Monday Night Football contra o Houston Texans (11-1). As duas equipes já estão nos playoffs, mas o duelo pode definir quem terá as duas melhores campanhas na Conferência Americana. Grande nome da defesa de Houston, JJ Watt teve um fumble forçado e um sack, na última semana contra o Tennessee Titans. "New England é uma das grandes forças da NFL e sabemos disso. Vamos nos preparar muito e tenho certeza que temos grandes chances nesse jogo", disse o linebacker.

Em New England, a equipe comemora o quarto ano seguido como campeão da divisão leste da Conferência Americana. Nos últimos dez anos, apenas em 2008 o time de Tom Brady não venceu a divisão. O jogador também tonou-se o único quarteback titular da história da NFL a vencer dez vezes uma divisão. Mas a euforia termina domingo, pelo menos é o que garante o treinador Bill Belichick. "É muito bom ser campeão de divisão, mas vamos virar a página e nos concentrar apenas no jogo contra Houston. Eles são um grande time e será uma grande desafio para nós", afirmou.

Confira aqui a rodada completa da NFL:

Quinta-feira:
Oakland Raiders (4-9) 13 x 26 Denver Broncos (10-3)
Domingo:
Buffalo Bills (5-7) x Saint Louis Rams (5-6)
Carolina Panthers (3-9) x Atlanta Falcons (11-1)
Cincinnati Bengals (7-5)  x Dallas Cowboys (6-6)
Cleveland Browns (4-8) x Kansas City Chiefs (2-10)
Indianapolis Colts (8-4) x Tennesse Titans (4-8)
Jacksonville Jaguars (2-10) x New York Jets (5-7)
Minnesota Vikings (6-6) x Chicago Bears (8-4)
Pittsburgh Steelers (7-5) x San Diego Chargers (4-8)
Tampa Bay Buccaneers (6-6) x Philadelphia Eagles (3-9)
Washington Redskins (6-6) x Baltimore Ravens (9-3)
San Francisco 49ers (8-3) x Miami Dolphins (5-7)
New York Giants (7-5) x New Orleans Saints (5-7)
Seattle Seahawks (7-5) x Arizona Cardinals (4-8)
Green Bay Packers (8-4) x Detroit Lions (4-8)
Segunda-feira:
New England Patriots (9-3) x Houston Texans (11-1)

A briga pelos Playoffs segue boa

A apenas três semanas para o fim da temporada regular, a rodada do fim de semana definiu a presença de três times nos playoffs e embolou a classificação de algumas divisões. Pelo segundo ano consecutivo, o Denver Broncos venceu a divisão oeste da Conferência Americana. Desta vez sem Tim Tebow, mas com Peyton Manning, o Broncos bateu o Tampa Bay Buccaneers e garantiu a vaga nos playoffs.

Quem também jogará a pós-temporada é o New England Patriots. O time de Tom Brady assegurou a primeira colocação na divisão leste da Conferência Americana. Desde a temporada 2001, o time de Tom Brady só não venceu a divisão em 2002 e 2008. No jogo que abriu a rodada da NFL, o Atlanta Falcons também confirmou a vitória na divisão sul da Conferência Nacional, com a vitória em cima do Falcons.

Ainda na briga pela classificação aos playoffs, o Green Bay Packers venceu o Minnesota Vikings e com a derrota do Chicago Bears para o Seattle Seahawks, assumiu a liderança da divisão norte da Conferência Nacional. Seattle também se aproveitou da derrota do San Francisco 49ers para o Saint Louis Rams e está na cola do time da Caifórnia, a apenas um jogo de diferença.

Mas a divisão mais embolada hoje da NFL é a divisão leste da Conferência Nacional. New York Giants, Washington Redskins e Dallas Cowboys brigam por um lugar nos playoffs. Os atuais campeões ainda lideram, mas com a derrota para o Redskins, viram Dallas e Washington encostarem. O Giants está um jogo a frente dos rivais e a definição da vaga deve ficar para o fim da temporada.

Redskins batem Giants e embolam classificação para os playoffs

Se na Semana 7 o New York Giants bateu o Washington Redskins com um touchdown a apenas um minuto do fim do jogo, a história do Monday Night Football da Semana 13 foi bem diferente. Dessa vez o jogo também foi apertado, mas o time da capital norte-americana saiu vitorioso e bateu os atuais campeões do Super Bowl por 17 a 16, no FedEx Field, em Washington. Com a vitória do Redskins, a divisão leste da Conferência Nacional ficou embolada. A vantagem do Giants para Dallas Cowboys e Washington Redskins é de apenas um jogo.

No confronto entre Robert Griffin III e Eli Manning, o quarterback do Redskins foi mais decisivo. RGIII não foi o mesmo das últimas duas semanas, mas o quarterback ainda lançou 163 jardas e um touchdown, em 13 dos 21 passes que tentou. O jogo terrestre também se destacou com o próprio quarterback, 72 jardas, e com o running back Alfred Morris. O calouro correu 124 jardas, em 24 vezes que teve a bola oval. Pelo lado do Giants, Eli Manning bem que tentou, mas as 280 jardas, um touchdown e 20 passes completos em 33, não foram suficientes para dar a vitória a New York.

Confira aqui como foi o jogo

Depois de uma campanha inicial improdutiva e com muitos drops do Washington Redskins, Eli Manning levou o New York Giants aos primeiros pontos do jogo. O time visitante percorreu 69 jardas e fez 3 a 0, em chute de 39 jardas convertido por Lawrence Tynes. Mas a resposta de Washington veio rápida. Em quatro jogadas, o Redskins anotou touchdown. Robert Griffin sofreu fumble, mas o time da casa pegou a bola e virou o jogo com o recebedor Josh Morgan, 7 a 3.

Em outra campanha longa, o Giants parou de novo na defesa do rival de divisão. O jeito foi se contentar com o field goal, mas Lawrence Tynes errou o chute de 43 jardas, e a vantagem continuou em quatro pontos para o Redskins. Sem conseguir avançar a bola, New York voltou ao campo e continuou a controlar o relógio.

Em sete minutos, Eli Manning deixou o jogo 10 a 7, depois de achar Martellus Benett na endzone, em passe de quatro jardas. No fim do primeiro tempo, apesar do pouco tempo, o Redskins ainda teve tempo de empatar o jogo com field goal de 33 jardas. Com apenas 41 segundos no relógio, o Giants ainda conseguiu percorrer 54 jardas e acertar um chute para passar a frente do rival e ir para os vestiários com a vantagem no placar, 13 a 10.

Washington controla o relógio e leva jogo

Na volta do intervalo, o Washington Redskins chegou à redzone do New York Giants com uma grande corrida de 46 jardas de RGIII. Mas na tentativa de empatar ou virar o jogo, o running back Alfred Morris sofreu fumble e o time visitante voltou a ter a bola. Logo na campanha seguinte, New York fez Washington pagar pelo turnover. Eli conectou passe de 49 jardas para Victor Cruz. Já em uma boa posição de campo, Lawrence Tynes colocou mais um field goal no meio do “Y” para ampliar a diferença pra 16 a 10.

Depois de ver muito tempo o Giants com a bola, foi a vez do Redskins controlar o relógio. Robert Griffin III conduziu Washington ao touchdown, em play-action de oito jardas para Pierre Garçon. Depois de duas campanhas do Giants que resultaram em punt, Washington teve a chance de matar o jogo. RGIII conseguia importantes conversões e New York via o tempo para reação diminuir.

Após queimar todos os tempos e não ter mais como parar o jogo, Washinton conseguiu um first down e assegurou a sexta vitória no ano. Vitória que dá esperanças ao time de uma possível vaga nos playoffs.

Packers passa pelo Vikings e segue na briga pelos playoffs

No duelo entre um dos  melhores quarterbacks da NFL, contra um dos melhores running backs da Liga, o Green Bay Packers venceu em casa o rival de divisão Minnesota Vikings por 23 a 14. A equipe de Wisconsin agora lidera a divisão norte da Conferência Nacional e segue firma na briga por uma vaga nos playoffs. Com a vitória, o time de Wisonsin chegou à oitava vitória no ano e segue firme na briga por uma vaga na pós-temporada. Já o Vikings perdeu a sexta em doze jogos e se complicou na classificação.

A expectativa do confronto era que Aaron Rodgers e Adrian Peterson fossem os caras do jogo, e as duas estrelas confirmaram a confiança depositada em cada um deles. O running back do Minnesota Vikings provou que está entre os melhores da NFL e teve uma tarde monstruosa. Líder da NFL em jardas terrestres, com 1236, Peterson correu para um touchdown e adicionou mais 210 jardas para a marca pessoal no ano.

Mas se o jogo terrestre foi muito bem, não dá para falar o mesmo do aéreo. Chistian Ponder lançou um touchdown, mas conseguiu apenas 119 jardas, acertou 12 passes de 25 tentados, e ainda lançou duasinterceptações. Já Aaron Rodgers foi consistente e  apesar de uma interceptação, teve um touchdown e 286 jardas, em 27 passes completos de 35 tentados.

Confira como foi o jogo

Logo na  primeira  campanha, o Green Bay Packers mostrou que não estava de brincadeira. Aaron Rodgers achou o recebedor James Jones em passe de 32 jardas e tirou o zero do placar, 7 a 0. Sem deixar o ataque do Vikings fazer nada, Green Bay pontuou de novo. Mason Crosby chutou field goal de 30 jardas que ainda foi na trave, mas deixou o jogo 10 a 0.

Dez pontos atrás no placar, Minnesota preci sava acordar.  Depois de 71 jardas, Christian Ponder lançou passe de sete jardas e Kyle Rudolph diminuiu a vantagem do Packers para três pontos. Depois de dois punts do time da casa, Adrian Peterson engatou a quinta e correu 82 jardas para dar a virada ao Packers e anotar o oitavo touchdown do running back no ano. Green Bay ainda podia diminuir para um ponto a diferença, mas Mason Crosby errou chute de 53 jardas, depois do Packers avançar 61 jardas em pouco mais de um minuto.

O jogo voltou do intervalo e Adrian Peterson continuava impossível. Em mais uma grande corrida, o running back avançou 48 jardas e posicionou o Vikings dentro da redzone. Mas em passe de Christian Ponder, o safety Morgan Burnett interceptou o quarterback e quebrou o bom momento vivido pelo Vikings. Na campanha seguinte, Green Bay respondeu com um field goal de 47 jardas. Dessa vez, Mason Crosby não perdeu e diminuiu a diferença do Vi kings para apenas um ponto. 

Turnovers voltam a prejudicar o Vikings

O momento havia realmente virado, e o Packers forçou mais um punt do Vikings. Mas já na jogada seguinte, Aaron Rodgers passou fundo e Harrison Smith interceptou o quarterback. Sem aproveitar o presente do rival, Minnesota devolveu a bola depois de apenas três jogadas.

E o Minnesota Vikings pagou caro por não ter aproveitado a chance. Sete jogos sem anotar touchdowns terrestres, Green Bay encerrou o jejum em corrida de 22 jardas que deu a liderança do jogo aos "cabeças de queijo", 20  a 14. Já perto da endzone, o time visitane voltou a sofrer com os turnovers. Christian Ponder foi interceptado pela segunda vez no jogo e frustrou mais um campanha do Minnesota Vikings.

Em uma longa campanha que durou 11 minutos e teve 18 jogadas, Green Bay trabalhou bem o relógio e colocou a diferen&cc edil;a em nove pontos, após field goal de 31 jardas. Minnesota ainda brigou, mas errou chute de 42 jardas e Green Bay só voltou ao campo para ajoelhar na bola e ganhar a oitava na NFL.

O que rola na Semana 13 da NFL

Com apenas mais um mês de temporada regular, a NFL entra na Semana 13 de competição com 26 times ainda vivos por uma vaga na pós-temporada e apenas cinco jogos restantes para cada equipe. No jogo que abriu a rodada, o Atlanta Falcons (11-1) recebeu o New Orleans Saints (5-7) e jogou um balde de água fria nas esperanças do rival. Em vitória por 23 a 13, Atlanta ainda interrompeu o recorde de Drew Brees. Até o jogo de ontem, o quarterback havia lançado pelos menos um touchdown em 54 jogos seguidos.

Em duelo crucial para a classificação aos playoffs, o Seattle Seahawks (6-5) visita o Chicago Bears (8-3). Apesar de muito questionado, o quarterback calouro de Seattle, Russell Wilson, já levou o time a seis vitórias no ano e lidera a NFL em rating no mês de novembro, com 146,1. "Precisamos manter o foco nesse jogo que temos pela frente e continuar brigando por uma vaga". Em Chicago, o treinador Lovie Smith ficou satisfeito com o último resultado em cima do Minnesota Vikings (6-5). "Voltamos a vencer e era isso que queríamos", disse.

No clássico da Conferência Nacional, o Minnesota Vikings ainda sonha em beliscar uma vaga na repescagem, mas para isso, vai precisar bater o rival Green Bay Packers (7-4). No confronto de divisão, os times buscam a reabilitação, depois das duas equipes perderem na semana passada. Green Bay foi atropelado pelo New York Giants (7-4) e o Vikings caiu diante do Chicago Bears. A esperança de Minnesota é o melhor corrededor da NFL, o running back Adrian Peterson. Já o Packers espera que Rodgers tenha uma atuação muito melhor do que a da semana passsada.

Pittsburgh Steelers joga a vida contra o rival Baltimore Ravens

A Semana 13 também conta com a grande rivalidade entre Pittsburgh Steelers (6-5) e Baltimore Ravens (9-2). No M&T Bank Stadium, casa do Ravens, Baltimore busca vencer para assegurar a liderança da divisão norte da Conferência Americana. Uma vitória também complicaria muito a vida do maior rival. Apesar de ter treinado essa semana, Ben Roethlisberger não poderá ser usado no jogo de domingo. Desde a saída de "Big Ben", Pittsburgh perdeu para o próprio Ravens e para o Clevelenad Browns (3-8).

A apenas uma vitória de garantir o título da divisão oeste da Conferência Americana, o Denver Broncos (8-3) recebe o Tampa Bay Buccaneers (6-5). Denver vem de seis vitórias consecutivas, enquanto Tampa Bay ganhou quatro dos últimos cinco jogos. Confiante, Greg Schiano, treinador do Bucs, está animado para o confronto de domingo. "Vamos fazer o nosso melhor e ter certeza que isto é mesmo tudo que podemos dar", afirmou Schiano. Em caso de vitória do Broncos, Peyton Manning chegará à 150ª vitória da carreira, segunda melhor marca da história.

Pelo Sunday Night Football, o Philadelphia Eagles (3-8) vai ao Cowboys Stadium encarar Dallas (5-6). Após mais uma decepcionante temporada, o objetivo do Eagles agora é também terminar com as chances do Dallas Cowboys chegar aos playoffs. A missão de Dallas parece ser fácil. Bater um time que perdeu sete vezes seguidas. Mas para conseguir a vitória, o Cowboys vai precisar vencer dentro de casa. Em 2012, o time perdeu em três das cinco ocasiões quando atuou frente à torcida texana.

No jogo que encerra a rodada, o New York Giants (7-4) vai à capital dos Estados Unidos para encarar o Washington Redskins. No último encontro entre as duas equipes, Victor Cruz recebeu passe de 77 jardas para vencer o jogo com apenas 1:13 para o fim. Em Nova York, Eli Manning vem de uma grande atuação contra o Green Bay Packers (7-4), na semana passada. O atual MVP do Super Bowl lançou três touchdowns e tornou-se o quarterback da história do Giants com mais touchdowns aéreos, 200.

Já Washington conseguiu duas vitórias seguidas, com direito a atuações de gala do calouro Robert Griffin III. O novato acertou 34 dos 43 passes que tentou, lançou 511 jardas e anotou oito touchdowns, contra apenas uma interceptação. O espírito de liderança e a maturidade do jogador foram elogiadas pelo treinador Mike Shanahan. "Voltamos da semana de folga com as costas na parede e ele chegou para o time e disse que precisávamos dar o nosso melhor. Isso é o que um líder deve e precisa fazer", disse o treinador.

Confira a rodada completa abaixo:

Quinta-feira:
Atlanta Falcons (11-1) 23 x 13 New Orleans Saints (5-7)   

Domingo:
Buffalo Bills (4-7) x Jacksonville Jaguars (2-9)
Chicago Bears (8-3) x Seattle Seahawks (6-5)
Detroit Lions (4-7) x Indianapolis Colts (7-4)
Green Bay Packers (7-4) x Minnesota Vikings
Kansas City Chiefs (1-10) x Carolina Panthers (3-8)
Miami Dolphins (5-6) x New England Patriots (8-3)
New York Jets (4-7) x Arizona Cardinals (4-7)
Saint Louis Rams (4-6-1) x San Francisco 49ers (8-2-1)
Tennessee Titans (4-7) x Houston Texans (10-1)
Denver Broncos (8-3) x Tampa Bay Buccaneers
Baltimore Ravens (9-2) x Pittsburgh Steelers (6-5)
Oakland Raiders (3-8) x Cleveland Browns (3-8)
San Diego Chargers x Cincinnati Bengals (6-5)
Dallas Cowboys (5-6) x Philadelphia Eagles (3-8)

Segunda-feira:
Washington Redskins (5-6) x New York Giants (7-4)

Saints e Falcons abrem Semana 13

O Atlanta Falcons só perdeu um único jogo esta temporada na NFL. E a derrota do time de melhor campanha da Conferência Nacional foi, justamente, para o New Orleans Saints, adversário do jogo de logo mais. Em busca de vingança para cima do rival de divisão sul, o Falcons recebe o Saints, no Georgia Dome, pela abertura da Semana 13 da NFL.

Além da manutenção da melhor campanha da Conferência Nacional, Atlanta busca esta quinta quebrar um indesejado tabu. O Saints já contabiliza uma sequência de quatro vitórias em cima do Falcons, três delas fora de casa. Uma vitória em cima de New Orleans também pode siginificar o título de divisão e uma vaga assegurada nos playoffs, em caso de derrota do Tampa Bay Buccaneers para o Denver Broncos no domingo.

Sexto jogador com mais recepções na NFL, 69, o tight end Tony Gonzalez disse que a vitória é importante para cumprir o primeiro objetivo do time na temporada: chegar aos playoffs. "Queremos nos colocar sempre na melhor posição possível e para isso precisamos estar ao nosso melhor nível", disse o jogador.

Pelo lado de New Orleans, o time quer voltar a engatar mais uma sequência de vitórias. Depois de cair domingo diante do 49ers, e perder a série de triunfos consecutivos, o Saints precisa vencer para manter vivas as esperanças de chegada à pós-temporada. No último jogo entre os dois times, Drew Brees lançou três touchdowns e foi um dos protagonistas da vitória. "Não podemos errar mais. Já queimamos todas as nossas sete vidas e precisamos entender o que está em jogo contra o Falcons", disse Brees.

Talvez mais do que o ataque, o que pode decidir o jogo para o New Orleans Saints é a defesa. O time ainda é o que cede mais jardas em toda a NFL, com 454,8 por jogo, mas domingo passado, o time de defesa teve o melhor desempenho no ano. Foram "apenas" 375 jardas cedidas e dois touchdowns. Responsável pela defesa, o coordenador Steve Spagnuolo acredita no potencial dos comandados por ele. "Atlanta é outro bom time de ataque que vamos enfrentar. Não tivemos muito tempo para nos preparar, mas estamos melhores a cada dia", afirmou.

A inspiração do New York Giants

Um simples pedido que pode mudar toda a temporada do New York Giants. O atual campeão da NFL vinha de uma sequência de duas derrotas, más atuações e Eli Manning não conseguia lançar touchdowns. Mas no domingo tudo mudou. O quarterback anotou três touchdows e tornou-se recordista da franquia de Nova York. Mais do que isso, o New York Giants voltou a vencer e atropelou o Green Bay Packers e a sequência de cinco vitórias seguidas do rival na NFL. A razão de repentina mudança? O pedido de menino de 15 anos. "Joguem como campeões".

Adam Merchant visitou as instalações do time do coração na sexta e foi ao jogo no domingo. Quando foi recebido no vestiários pelos jogadores, falou a eles que voltassem a jogar como o time que bateu o New England Patriots, em fevereiro. Adam só pôde conhecer os ídolos graças à fundação "Make-A-Wish" (Faça um pedido, em inglês). O menino enfrenta um câncer no estômago, jé em remissão, após muitas sessões de quimioterapia e pediu para conhecer o New York Giants. "Foi um sonho que virou realidade. Significa tudo para mim poder ter a chance de ver meus ídolos", afimou o menino.

Adam foi diagnosticado com câncer no início do ano, e viu no futebol americano uma forma de dar forças ao tratamento. Na mesma época em que descobriu o tumor, viu, já do hospital, Eli Manning levar o Giants ao título em cima de Tom Brady e o New England Patriots. Durante o jogo de domingo, o menino também motivou os atletas do time. "Justin Tuck cortou o supercílio e disse que não sabia o quanto mais podia aguentar daquilo. Falei que ele tinha de aguentar aquilo e muito mais e ele concordou", conta o menino.

Feliz por já ter sido convidado para o próximo jogo no MetLife Stadium contra o Washington Redskins, Adam já se considera parte do time. "Já disse que estou disponível sempre que eles precisarem". Além da animação em poder ajudar o time do coração, o menino também conta as horas para voltar à escola e contar tudo para os colegas de sala. "Acho que eu nunca vou ficar cansado de contar essa história", disse o menino.

Tudo aberto na NFC North

O clichê de que o futebol é uma caixinha de surpresas também pode ser aplicado na NFL. Ano após ano, surgem times com campanhas inesperadas, zebras e boas equipes no papel, mas que na prática decepcionam.  Este ano, não foi diferente. Muitas surpresas no futebol americano, mas se existe algo na NFL que se esperava e acabou se concretizando foi a disputa pelo título da divisão norte da Conferência Nacional. 

Os analistas e especialistas sempre apontaram a divisão de Bears, Packers, Lions e Vikings como uma das mais acirradas e equilibradas de toda a Liga. Os favoritos eram o Green Bay Packers e o Chicago Bears. Duas previsões que também se mostraram acertadas. Chicago é o atual líder da divisão com oito vitórias e três derrotas. Poderia até ter um melhor retrospecto, não fosse as lesões de Jay Cutler nos jogos contra o Houston Texans e o San Francisco 49ers.

Logo em seguida vem a equipe do Green Bay Packers. O time do estado de Wisconsin já chegou aos playoffs no ano passado e conta com o atual MVP da NFL, Aaron Rodgers. Apenas um jogo atrás de Chicago, Green Bay, hoje, seria um dos times que beliscaria uma das vagas na repescagem. E a chance de ganhar a divisão ainda é grande. O Bears tem um difícil calendário pela frente e um confronto contra o Packers que pode decidir a divisão.

Quem também não fica muito atrás e ainda sonha com uma vaga na pós-temporada é o Minnesota Vikings. Uma das grandes surpresas da temporada 2012, a equipe liderada por Christian Ponder e Adrian Peterson está vivo pela vaga na repescagem, com seis vitórias e cinco derrotas. Quem fica de fora da briga é o Detroit Lions, que apesar de ter Matthew Sttaford como quarterback que mais produz jardas na NFL, venceu apenas quatro jogos de onze totais.

No ano passado, a divisão norte da Conferência Nacional teve dois representantes nos playoffs. Green Bay ganhou a divisão e Detroit surpreendeu ao chegar na pós-temporada pela vaga da repescagem. Este ano, apenas um desastre na últimas rodadas tiraria o Chicago Bears e o Green Bay Packers da pós-temporada. A expectativa é a chegada de um possível terceiro representante, o que significaria metade dos times dos playoffs serem da mesma divisão. É muito difícil que aconteça, mas não de pode descartar a divisão mais equilibrada da NFL.

Panthers vencem e Eagles afundam

No duelo entre duas das maiores decepções da NFL em 2012, o Carolina Panthers bateu o Philadelphia Eagles, na Filadélfia, por 30 a 28, pelo Monday Night Football. Em jogo marcado pelo equilíbrio e muitas inversões de lideranças no placar, os turnovers que assombram o Eagles toda a temporada, voltaram a prejudicar a equipe da casa. A derrota foi o adeus definitivo de Philadelphia para a temporada de 2012. Já o Panthers venceu apenas a terceira no ano e continua como lanterna da divisão sul da Conferência Nacional.

O quarterback de Carolina Cam Newton foi o destaque do jogo que fechou a Semana 12 do futebol americano. O segundanista lançou dois touchdowns e correu para outros dois. Newton ainda lançou para 306 jardas, em 18 passes completos dos 28 que tentou. Pelo lado do Eagles, o jogo terrestre funcionou muito bem, com 204 jardas, mas não foi suficiente para levar o time da casa à vitória. Bryce Brown foi o melhor corredor com 178 jardas, em 19 carregadas.

Confira aqui como foi o jogo

Logo na primeira campanha, o Philadelphia Eagles chegou à linha de 18 jardas do Carolina Panthers, mas sem conseguir avançar, teve de se contentar com o field goal. Alex Henery acertou chute de 36 jardas e abriu o placar, 3 a 0. Com a bola, o Carolina Panthers anotou um fácil touchdown. Em passe de 24 jardas do quarterback Cam Newton, o tight end Gary Barnidge, que joga na NFL desde 2008, marcou o primeiro touchdown da carreira.

Com um ataque ineficiente, Philadelphia deu a bola para o Carolina Panthers e o time visitante logo ampliou a vantagem. De novo, Cam Newton achou o recebedor livre e Brandon Lafell deixou o jogo 14 a 3. Se a defesa do Eagles não ia bem, o ataque conseguia marcar, mesmo que apenas com field goals. Alex Henery colocou mais um no meio do “Y”, agora de 41 jardas.

O ataque de Philadelphia pelo alto não conseguia produzir, então Bryce Brown tratou de resolver pelo chão. Em longa corrida de 65 jardas, o running back furou a defesa do Panthers. Dois pontos atrás no placar, Philadelphia resolveu tentar arriscar uma conversão de dois pontos, em vez do extra point, mas Nick Foles não conseguiu anotar o “minitouchdown” e o jogo continuou 14 a 12.  

Apesar do bom início, Carolina esfriou e Philadelphia se aproveitou do mau momento do rival. Nick Foles deixou o Eagles na linha de 26 jardas do campo de ataque e Alex Henery acertou o chute que fez o time da casa ir para os vestiários com a vantagem de um ponto, 15 a 14.

Na volta do intervalo, Carolina avançou rápido em um passe profundo de 55 jardas para Louis Murphy. A uma jarda da endzone, Cam Newton se esticou todo e deixou o time visitante na frente com o touchdown marcado, 21 a 15. Mas o Panthers seguia desperdiçando chances de ampliar a vantagem e Philadelphia voltou ao jogo. 

Philadelphia e os turnovers

Após uma interferência no passe que avançou 51 jardas, Bryce Brown correu mais uma vez para a endzone e o Eagles virou o jogo para cima do Panthers, 22 a 21. O momento era todo de Philadelphia, já que Carolina sofria com problema ofensivos, mas Bryce Brown perdeu a bola e o Panthers recuperou o fumble.

Com a bola, Carolina chegou bem perto de pontuar, mas a defesa de Philadelphia apareceu e o Panthers acertou o field goal para virar novamente o jogo. O Eagles teve a chance de responder, mas não conseguiu converter uma quarta descida para uma jarda, e saiu de campo ainda com dois pontos atrás no marcador.

Em boa posição de campo, o Carolina Panthers percorreu 60 jardas e entrou na endzone com touchdown de Cam Newton pelo chão. Mas no extra point, o kicker Graham Gano errou e a vantagem do Carolina ficou em apenas uma posse de bola, 30 a 22. Precisando brigar contra o tempo e anotar pontos, o Eagles voltou a sofrer com turnovers. No retorno de kickoff, Brandon Boykin sofreu fumble e Carolina recuperou de novo a bola.

Restou ao Carolina Panthers apenas ajoelhar na bola, garantir a terceira vitória na temporada e afundar ainda mais o Phildelphia Eagles.