domingo, janeiro 08, 2012

He Did It Again!


Incrível. Insano. Espetacular. Inacreditável. Escolha o seu adjetivo. Qualquer um destes serve para simbolizar o que foi Denver Broncos x Pittsburgh Steelers, pelos Playoffs da NFL. Tim Tebow, contestado por grande parte dos analistas, cronistas, torcedores e jogadores, mostrou o tal "Clutch gene". Mostrou que na hora da decisão, ele aparece e decide. Como fez em 5 jogos, levando Denver à vitória. Hoje foi a 6ª vez, e sem dúvidas, a mais espetacular de todas. TD de 80 jardas na prorrogação para classificar o Denver Broncos para as semifinais da AFC. 29x26

Não houve uma pessoa que apostasse em Denver. Grande azarão da pós-temporada, os Broncos chegaram aos Playoffs após 3 derrotas seguidas, com atuações bizarras de Tim Tebow e tendo que torcer contra o Oakland Raiders no apagar das luzes. Denver era mesmo o underdog. Encarava a melhor defesa da temporada 2011-12 da NFL. Com um ataque unidimensional, baseado totalmente no jogo terrestre e com um quarterback visivelmente sem confiança. Prato cheio para os Steelers.

Tebow teve uma semana duríssima. Foi criticado e mais criticado. Não que isso seja novidade. Tim Tebow está cercado de desconfiança desde quando assumiu o posto de titular dos Broncos. Se ganhasse 1 dólar para cada "Esse rapaz não sabe lançar" estaria milionário. Mas a pressão era enorme. Até esse semana, Tebow não tinha o aval do maior QB da história de Denver. John Elway, lenda viva vencedor de 2 SuperBowls, era mais um dos que encabeçavam a lista dos que não eram fãs de Tebow. Essa semana mudou o discurso. Chamou o quarterback e pediu para que ele se soltasse. Que puxasse o gatilho.

Se isso, de fato, teve efeito, ninguém nunca saberá. Mas Tim Tebow entrou hoje no Sports Autorithy Field diferente. Começou o jogo com jogadas explosivas. Todos começavam a ficar chocados. Tebow acabou com a secundária dos Steelers com uma facilidade incrível. Nem de longe lembrava a defesa que teve melhor marca da NFL. Tebow tinha tempo para trabalhar e buscar seus alvos. quando não dava pelo alto, ia pelo chão. Demaryus Thomas ia se consagrando junto com o quarterback. Com excelentes recepções, Denver foi para o intervalo vencendo por impressionantes 20 x 6.

O mundo boquiaberto não acreditava no que via. De onde Tebow havia tirado essa performance? Os Broncos que, até então, em toda a temporada haviam feito apenas 33 pontos no 2º quarto, marcavam 20 em um só jogo. E contra Pittsburgh. Na volta dos vestiários, os Steelers mostaram o porquê são os maiores vencedores de SuperBowls. Não se pode cutucar eles com vara curta. Pittsburgh é aquele gigante adormecido. Prestes a acordar e cometer estragos. E acordou. No 2º tempo, Ben Roethlisberger tirava um coelho da cartola trás do outro. Com o tornozelo em condições precárias, mancando, Big ben liderava seu time até o empate em 23x23. Espírito guerreiro. Com muita vontade e coração. Um exemplo para muito atleta. Mostrando que faz o que ama.

O Pittsburgh Steelers teve a chance de vencer o jogo. Mas brilhou a defesa de Denver. Faltando segundos para o encerramento, um fumble foi forçado. Big Ben recuperou. Mas a posição de campo que daria uma chance de Field Goal ficou longe. Pittsburgh teve que se contentar então com a prorrogação.

Foi o primeiro jogo da NFL, com as novas regras, instituídas no ano passado. Os Broncos venceram o cara ou coroa e escolheram por receber a bola. E foi aí que começou a magia. Tebow tirou o coelho da cartola. Fez o que não havia feito a temporada inteira. Lançar a bola na primeira descida. Tebow fez isso desta vez. Logo agora. Demaryus Thomas, sumido depois do 2º quarto, apareceu. E como apareceu! Recebeu o passe e arrancou para a Endzone. Para o paraíso. 80 jardas. Prorrogação com final mais rápido da história da NFL. Maior recepção da história da prorrogação em Playoffs.

Tebow fez aquilo que ninguém acreditou. Venceu o Pittsburgh Steelers. De forma fantástica, Como em um conto de fadas. Da maneira que nem o mais aficcionado torcedor dos Broncos imaginaria. Da maneira que nem o mais brilhante escritor poderia imaginar e narrar.

Sendo criticado ou não, sabendo lançar a bola ou não. Não dá para discutir o que Tim Tebow faz de melhor. Vencer.

Nenhum comentário:

Postar um comentário